Quantos já leram?

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Capítulo 10 || O lago

  Justin narrando...

  Eu fui chegando perto dela. Já conseguia sentir sua respiração em meu rosto. Foi quando ela colocou a mão em meu peito, me parando.
  - Justin... desculpa.
  - Qual o problema? - perguntei.
  - Eu não posso fazer isso com Julian - ela disse e se virou para ir embora. Eu a segui e peguei em seu braço.
  - Ei, me desculpa. Eu não quero te obrigar a fazer nada... - eu disse. Que merda! - Pelo menos fica mais um pouco. Eu posso cantar outras músicas e conversar com você...
  - Tá... mas não faz nada, ok? - ela pediu.
  - Tá. Vem cá. - peguei-a pela mão e nós sentamos perto das raízes da árvore. Achei que ia funcionar...
  - E aí? Vamos mudar o nome da árvore? Porque não teve beijo nenhum então... - ela sugeriu.
  - É né... fazer o que. Que tal... sei lá, ''Árvore do não-primeiro-beijo''? - eu disse e ri. Me senti idiota.
  Ela riu também.
  - É bem a cara - ela parou e pensou um pouco. - Que tal ''Árvore do...'' - eu a parei com um gesto.
  - Tá ouvindo isso? - eu perguntei.
  - O que? - ela perguntou curiosa.
  - Beija ele... beija ele... - sussurrei, imitando uma possível voz.
  - Você é um completo idiota, sabia? - ela disse, me batendo e rindo.
  - Pois é... - eu disse e fiz uma cara triste como se fosse um bebê que a mãe não comprou aquele doce que tanto queria.
  - E fofo também - ela disse apertando minhas bochechas.
  Eu sorri.
  - E então, Árvore Do Não-primeiro-beijo? - falei com a árvore. Aham, eu sou besta. - Que música eu devo cantar pra Srta. Eu Não Posso Fazer Isso Com Julian Hill Porque Ele É O Bonitão Da Área? - eu disse, fazendo graça.
  Alice gargalhou. Eu permaneci sério - com muito esforço, mas o fiz.
  - Eu acho que você deveria cantar I Love You da Avril Lavigne, Justin - eu respondi a mim mesmo imitando a ''voz'' da árvore.
  - Gosto dessa... - Alice disse se lembrando da letra.
  I like your smile, I like your vibe
  I like your style, but that's not why I love you - comecei e terminei a música olhando para Alice.
  - O que foi? - disse quando terminei. Ela estava meia cabisbaixa.
  - Nada, não. Essa música me faz pensar.
  - Em Julian? - perguntei.
  - Não - ela respondeu.
  - Em quem?
  - Ninguém em especial, só me faz pensar - ela explicou.
  - Hum... - murmurei.
  - Gostei de hoje. Não da parte que nós brigamos, é claro, pois me fez ficar chata o dia todo. Até Julian reparou. Mas agora de noite... foi lindo. Obrigada - ela disse e se levantou para me dar um beijo no rosto e bagunçar meu cabelo.
  - Queria que você soubesse o que eu sinto por você o mais rápido possível. Estava me matando não contar - eu disse.
  - Justin?
  - O que?
  - Obrigada. De novo - ela sorriu.
  - Não tem que agradecer.
 
  Alice narrando...

  Aquela noite foi uma das mais lindas de toda a minha vida. Eu e Justin continuamos ali na árvore até um certo horário e depois voltamos juntos para casa. Saber que ele gostava de mim já me dava uma garantia boa do que seria se eu terminasse com Julian. Mas ainda não estava na hora. Eu tinha que ter mais certeza de algumas coisas.
  - Justin? Alice? Por que chegaram juntos e a essa hora? - Pattie perguntou assim que entramos pela porta de casa.
  - Eu estava voltando do lago e encontrei Justin no caminho, ele estava na casa de Joe - menti.
  - Foi isso aí - Justin concordou.
  - Hum... já estão amigos mesmo, hein? - disse Caitlin do sofá e reparei que Isabella estava lá também.
  - Sim, estamos - eu disse e abracei Justin. - Isabella! - gritei e fui abraçá-la.
  - Oi, Allie - ela respondeu me abraçando e sorrindo. A única pessoa no mundo que me chamava de Allie era Isabella. Eu gostava desse apelido.
  - Gente, eu vou subir pra tomar um banho e ir dormir - disse Justin.
  - Eu acho que também vou - meu pai disse.
  Eles dois subiram e cada um foi para seu quarto.
  - E aí? - disse Cait quando me sentei no sofá.
  - Tudo bem e vocês? - eu disse me direcionando para Bella e Cailtin.
  - Tudo ok. - disse Bella e Cait concordou.
  - Foi fazer o que no lago uma hora dessas, Alice? - perguntou Pattie.
  - Eu fui eram umas seis horas e fiquei lá, sentada, pensando. Aí quando dei por mim já era tarde e vim para casa. No meio do caminho vi um menino com um violão na costa e percebi que era Justin. Resolvi chamá-lo e ele veio comigo - menti.
  - Hum... e aquela cabana velha ainda está lá? - perguntou Isabella.
  - Está sim. Eu fui lá também. Estava cheia de poeira então nem me dei o trabalho de entrar - menti novamente.
  - Consigo imaginar - disse Pattie.
  - Quando eu era criança, eu e meu pai sempre íamos lá no lago. Pescávamos e fazíamos picnic. Era bem legal - disse Bella.
  - E lá dá pra pescar?
  - Dá sim - ela disse e no mesmo momento eu tive uma ideia.
  - Gente, vou subir. Vejo vocês amanhã. Boa noite! - eu falei com todas e subi.
  Deixei um recado de baixo da porta de Justin antes de ir para a minha cama.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 9 | A Árvore.

  Alice narrando...

  Aquela tarde foi uma das mais estranhas que eu já tive em anos namorando o Julian. Logo quando o filme acabou, nós fomos pra casa em silêncio. Ele nunca falava nada quando via que eu estava estressada - como já disse.
  Cheguei em casa e fui direto para meu quarto. Percebi que tinha um bilhete na porta e li.
  ''Alice... me desculpe por hoje. Não foi minha intenção te deixar com dúvidas. Todas elas serão esclarecidas. Me encontre no lago perto daquela fábrica antiga. Ass: Justin'' - dizia.
  A fábrica ficava não muito longe de casa... uns 5 quilômetros talvez...
  - Pai? - eu o chamei. Ele estava na cozinha.
  - Oi?
  - Me empresta o carro? Eu vou no lago dar uma volta. Não demoro. - pedi.
  - Claro. Mas toma cuidado. - ele disse.
  - Ok. Obrigada.
  Eu desci novamente e peguei as chaves que ele tinha deixado em cima do sofá. Entrei no carro e liguei o rádio. Estava tocando alguma coisa de Beyonce. Lembrei do Justin - ele é louco por ela. Dei risada de mim mesma por saber aquele pequeno detalhe dele.
  Resolvi ler de novo o bilhete que havia trazido comigo. Todas elas serão esclarecidas, dizia. Mas como?
  Chegando lá, eu desci do carro e não vi Justin. Reparei que nas árvores que se seguiam em uma trilha, haviam outros bilhetes. Fui andando e lendo. O primeiro dizia ''Que bom que você veio! Continue andando''. O segundo dizia ''Isso mesmo! Você está fazendo um bom trabalho, mocinha. Continue!''. Mas que...
  Eram no total 7 bilhetes, contando com o que estava na minha porta. Todos dizendo para continuar.
  No fim da tal trilha, havia uma cabana abandonada e percebi que tinha uma luz vindo de lá de dentro.
  O último bilhete - o sétimo - estava na porta da cabana. ''Alvo alcançado. Câmbio, desligo. Ah, desculpe. Pode entrar!''. Eu ri com aquele recado.
  Bati na porta e entrei. Justin estava em pé ao lado de uma mesa, de costas para mim. Quando ele viu que eu entrei, ele se virou e sorriu.
  - Oi, Alice. Novamente, me desculpe por hoje - ele disse, me abraçando.
  - Pra que tudo isso, Justin? - eu disse impressionada com todas as coisas que ele havia preparado. Uma mesa com frutas e alguns doces iluminada por velas - pensei que poderiam ser as luzes que eu vi - e um violão no canto da sala.
  - Shhh, sente. Se quiser comer, coma. Mas se não podemos ir direto ao ponto. - ele disse, pegando o violão.
  - Que ponto seria?
  - O ponto em que nós vamos lá pra fora, sentar na beira do lago e eu vou cantar pra você. Como pedido de desculpas, é claro. - ele disse.
  - Então... vamos direto ao ponto - eu ri e o segui até a beira do lago.
  A lua estava linda naquele dia e estava iluminando tudo.
  - Lembra que eu disse que quando a gente ficasse amigos eu ia cantar uma música pra você? - disse Justin se sentando e posicionando o violão.
  - Claro. Você já fez a música? - eu disse, surpresa e feliz.
  Everybody is laughing in my mind
  Rumors spreading about this other guy - ele começou a cantar. Sua voz era linda. Como um anjo.
  Do you do what you did when you did with me?
  Does he love you the way I can? 
  Ele continuou cantando a música. Nela, ele dizia que queria ser o garoto que estava com alguém que ele amava...
  - Você fez pra alguma menina especial, não foi? - eu disse, sorrindo. - A música é muito, muito linda! Parabéns! E você canta super bem.
  - Foi sim... sabe? Eu costumava odiar essa menina. Mas aí um certo dia o namorado dela chegou e eu senti, pela primeira vez em anos que eu a conhecia, ciúmes dela. O tempo foi passando e hoje eu e ela somos amigos... infelizmente só amigos.
  - Hummmm... por acaso essa menina sou eu? - eu perguntei, sorrindo. Senti meu coração batendo forte.
  - Dúvidas?
  - Justin... eu não sei o que dizer... - eu disse, perplexa. O Justin me ama. Ai Deus... minha vontade era de dizer que eu o amava também e que minha vida com Julian não fazia mais sentido. Que quem eu queria era ele mas... não podia. Não ainda.
  - Não precisa dizer nada... eu só queria que você soubesse disso. - ele disse, piscando e dando um sorriso de lado que fez meu coração palpitar mais ainda. - Vem cá. - ele me chamou, levantando e pegando em minha mão para que eu também levantasse.
  - O que foi? Mais surpresas?
  - Tá vendo essa árvore? Ela vai ser a nossa árvore. A árvore do primeiro beijo. - ele disse chegando perto da árvore e desenhando nossas inicias A.M + J.B e uma barra.
  - Essa barra é o que? - perguntei, curiosa.
  - Que dia é hoje? E horário, por favor. - ele perguntou. Ignorando minha curiosidade e ainda atento para as iniciais.
  - 26 de janeiro. Às 6:15 da noite. - eu respondi.
  - Então ano que vem, dia 26 de janeiro às seis e quinze nós viremos aqui para comemorar o aniversário do primeiro beijo e faremos outra barra. Cada barra significa um aniversário. - ele esclareceu.
  - Mas nós nem nos beijamos ainda.
  - Isso mesmo. Ainda. - ele disse e sorriu maliciosamente pra mim.
 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 8 | Novos sentimentos

  Que droga! Eu já estava cansado de ficar brigando com a Alice. Nós passamos nossa vida toda brigando e agora que eu estava criando coragem pra falar pra ela o que sinto, nós brigamos novamente.
  Eu fui para a minha cama assim que disse aquilo pra ela e me deitei.
  Eu me lembrei da música. Eu nem sabia mais se ela merecia aquilo... mas era meu modo de dizer à ela o que sinto. Eu sou tímido para falar tudo isso com palavras - eu sempre preferi notas musicais, na verdade.
  You said you needed a little time from my mistakes
  It's funny how you used that time to have me replaced
  Did you think that I wouldn't see you out at the movies
  What you doing to me
  You taking him where we use to go
  Now if you're trying to break my heart
  It's working cause you know - eu escrevi pensando naqueles últimos momentos e repeti o refrão. Eu fiz algumas simples mudanças nele e quando estava prestes a ir para o coro senti uma lágrima escorrendo em meu rosto. Percebi também que estava escrevendo forte.
  Eu estava sozinho em casa, minha mãe foi trabalhar e o pai de Alice também. Meus irmãos estavam no shopping.
  I need to know should I fight for love or disarm
  It's getting harder to shield this pain in my heart - terminei e repeti o refrão novamente - fazendo outras mudanças.
  Pronto. A música estava pronta. Coloquei seu nome no topo da página - That Should Be Me - e comecei a colocar ritmo na música. Eu queria que ela ficasse pronta até a Alice voltar do cinema. Eu queria pedir desculpas e que não deixaria ela ter dúvida de mais nada... mas isso não seria aqui em casa.

  Alice narrando...

  Eu liguei para Julian para irmos ao cinema. Durante o trajeto todo fiquei pensando na minha briga com Justin e nem falei muito com meu namorado.
  - Algum problema, Alice? - Julian me perguntou quando chegamos ao estacionamento do shopping.
  - Briguei com Justin. - eu disse.
  - Por que?
  - Besteira. Esquece isso! Vamos logo - eu disse e saí do carro. Era óbvio que Julian tinha percebido que não era besteira e que eu estava me sentindo mal por ter brigado com Justin, mas ele não falava nada. Gostava disso nele. Ele me respeitava.
  - Que filme? - ele me perguntou quando chegamos na frente da bilheteria.
  - Hum... romance? - eu sugeri.
  - Claro. - ele concordou.
  A minha briga com o Justin tinha me afetado. Eu estava começando a gostar mesmo daquele garoto... só tinha medo que fosse gostar como eu achava que ele gostasse de mim.
  Nós pegamos um lugar no fundo do cinema - meu lugar favorito -, assim nós podiamos ver todo mundo sem que ninguém notasse nossa presença. Quando o filme começou, eu deitei minha cabeça no ombro de Julian e ele me envolveu com seu braço. Julian me fazia tão bem... eu não me imagino com outro garoto que não fosse ele. Pelo menos não me imaginava...
  Já era de costume quando eu via uma cena romântica em algum filme - beijos, abraços e olhares sinceramente apaixonados -, eu lembrar de mim e Julian. Mas estranhamente quando vi dois dos personagens brigando - brigas me perseguiam, lindo isso - e logo depois o homem foi e beijou a mulher, eu fiquei imaginando se isso poderia acontecer comigo e Justin. Me surpreendi quando percebi que senti um frio logo acima do estômago quando pensei isso. Eu conhecia aquele frio. E ele se chamava amor...
  De repente eu me soltei do abraço de Julian e ele percebeu que eu estava meia nervosa com aquele sentimento novo. Ele só não sabia o motivo.
  - O que foi, Alice? Você está estranha hoje... - ele disse, estreitando os olhos.
  - Nada não, só que minha costa começou a doer - menti.
  - Sua costa estava doendo no carro também? - ele perguntou, cruzando os braços.
  - Não.
  - Então...?
  - Esquece isso e vamos ver o filme, ok? - eu disse e novamente ele respeitou meu espaço. Se ele percebesse que eu não queria falar, ele não forçava. Isso estava começando a me incomodar...
  - Por que você não me pergunta mais? Sei lá... não pergunta o que aconteceu, se tem algo me incomodando... parece que não se importa... - eu disse em um tom baixo mais dava pra ele escutar muito bem.
  - Só quero respeitar seu espaço... você quer falar algo? Fale. Você sabe que eu estou sempre aqui pra você. - ele disse aquilo e senti como se fossemos somente amigos.
  Eu queria mais que aquilo. Queria alguém que quando visse que eu estava triste, me abraçasse e dissesse que tudo ia ficar bem. Que quando visse que tinha algo me incomodando, se incomodasse do mesmo jeito e não parasse de me fazer perguntas sobre aquilo até eu responder. Queria alguém que se estressasse junto quando eu me estressasse pelo simples fato de que eu sou insuportável. Queria alguém que me fizesse rir. Mas que também me fizesse chorar de vez em quando. E quando isso acontecesse, eu saberia que do mesmo modo que essa pessoa me fez chorar, ela também iria fazer a dor cessar. E essa pessoa não era Julian...

CAPÍTULO 7 | Briga

  Já havia passado um bom tempo desde que eu e Justin éramos amigos. Ele continuava com as brincadeiras dele e eu sem entender nada.
  Ele e Julian ficavam cada vez mais amigos também. Julian estava bastante empolgado com a ideia de ser amigo do Justin sem que eu brigasse com ele porque ele estava se dando bem com o garoto que eu mais odiava.
  - Alice? - chamou Justin de seu quarto.
  - Já vou - respondi.
  Eu subi as escadas correndo.
  Quando entrei no quarto ele estava ouvindo música. Algo como Lil Wayne, sei lá.
  - Música legal - eu disse, entrando no quarto e fechando a porta.
  - É Lil Wayne - informou ele. - Mas você deve saber.
  - Sei. O que você queria?
  - Sei lá, senta aí. Vamos conversar... que tal? - disse ele sentando no sofá no canto de seu quarto, ao lado da janela.
  - Hum... ok! - concordei. Justin virou a cabeça na direção da janela e começou a cantar juntamente com a música, ele tinha uma voz bem legal. - É... Justin?
  - O que? - disse ele voltando a atenção para mim.
  - Voz legal - eu disse e percebi que ele abriu um sorriso envergonhado.
  - Hum... obrigado. Vamos fazer perguntas um pro outro. Você começa - ele disse e continuou cantando.
  - Você gosta de mim? - eu perguntei. Eu queria, quanto mais rápido melhor, saber se ele sentia algo por mim. Tinha horas que ele aparentava estar loucamente apaixonado por mim, me olhava com aquele olhar... sabe... brilhante e eu não vou mentir que eu gostava disso. Ele parecia ser bem romântico. Mas eu tenho namorado e estou satisfeita com ele.
  - Como assim? - ele disse e parou de cantar.
  - Sabe... como meninos gostam de meninas e meninas gostam de meninos... você me entendeu.
  - E se eu disser que sim? - ele perguntou e mudou a música. Colocou uma do Chris Brown - ele estava pro hip hop hoje.
  Eu fiquei envergonhada. Senti um arrepio só de pensar no Justin gostando de mim. Eu não vou mentir, tinha horas que esse garoto me dava nos nervos - como sempre -, mas também tinha horas que eu queria que Julian fosse mais brincalhão, engraçado, romântico como o Justin.
  - Eu vou dizer que fico honrada mas que eu tenho namorado... - eu disse sem querer dar mais detalhes.
  - E se eu disser que não?
  - Eu vou dizer que eu acho que é mentira. Diz logo, Justin! Gosta ou não? Para de joguinho! - eu já estava me irritando. Eu estava a muito tempo querendo saber isso e toda vez que pergunto ele vem com jogos.
  - Calma, senhorita. Calminha... - ele disse, sínico.
  - Quer saber? Tchau! - eu disse e me levantei. Quando o fiz, senti uma mão pegando na minha - a do Justin, é claro - e tentei me desvencilhar. Sem resultado.  
  - Fica aqui, pô. Esquece isso. - ele disse. Eu não resisti ao modo que ele me olhou e sentei de volta - ainda zangada.
  - Justin, quer saber da real? Tem um tempão que eu venho me perguntando ''será que ele gosta de mim?'', ''será que é tudo só brincadeira mesmo?''. Sabe por que? Porque você me deixa doida de curiosidade! Tem horas que você simplesmente me ignora e me trata normalmente e tem horas que você fica brincando comigo e me olha de um jeito... apaixonado. Eu não sei o que pensar, caramba! - eu disse e respirei fundo, tentando me acalmar.
  - Você vai saber se eu gosto ou não de você. Mas não vai ser eu quem vai contar - ele disse, rindo. Era incrível como mesmo ele vendo que eu estava zangada, continuava com brincadeirinhas e risinhos.
  - Quer saber de outra? Você gosta de mim!
  - O que te faz ter tanta convicção disso? - ele perguntou e franziu o cenho, com uma falsa dúvida mais que aparente.
  - Se você não gostasse você falaria logo. Não ficaria com rodeios. - eu disse.
  - Quer saber? Que se dane! Se você fizer o favor de se acalmar e esperar que na hora certa você descobre, tudo bem. Mas se você continuar assim, me tratando desse jeito, você nunca vai saber e nós vamos voltar a ser como éramos. - ele disse, se levantando e indo para a cama.
  - Legal. Vou pro cinema com o meu querido namorado que eu ganho mais - eu disse de propósito. Eu sabia que ele gostava de mim, quer dizer, tinha quase certeza. E se ele realmente gostasse, isso ia ter uma significado pra ele.
  - Tchau - ele disse, frio.

 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 6 | A Música

  Justin narrando...

  - Hein, Justin? - ela insistiu.
  - O que?
  - Você está falando sério?
  - Isso aí você vai ter que descobrir - eu respondi.
  - Você me acha bonita e gosta de mim... ok. - ela disse, se livrando de mim e indo pra geladeira.
  - Eu disse brincando. Agora se é verdade ou não... descubra! - eu disse.
  - Aff - ela resmungou.
  Eu ia continuar brincando com ela até ela enjoar de olhar na minha cara. Eu gostava de fazer isso pois ela sorri. E eu amo o seu sorriso. Eu comi, tomei banho e fui para meu quarto deitar.
  Quando deitei, senti um papel se amassando abaixo de mim e peguei-o. Era a música. Eu li.
  Everybody's laughing in my mind
  Rumors spreading about this other guy - dizia.
  Eu resolvi continuar pois queria mostrá-la o mais rápido possível para Alice. Pensei em alguns momentos atrás, quando estávamos brincando...
  Do you do what you did when you did with me?
  Does he love you the way I can? 
  Did you forget all the plans that you made with me?
  Cause baby I didn't - escrevi.
  Eu queria que essa música dissesse exatamente o que eu sinto por ela... pra que quando eu a cantasse, não restasse dúvidas. Então continuei, e essa parte seria a mais sincera.
  That should be me holding your hand
  That should be me making you laugh
  That should be me, this is so sad
  That should be me, that should be me
  That should be me feeling your kiss
  That should be me buying you gifts
  This is so wrong, I can't go on till you believe
  That should be me
  That should be me - terminei o refrão.
  Estava ficando boa...
  - Justin? - chamou minha mãe, batendo na porta.
  - Oi mãe. - eu atendi.
  - O que você está fazendo? - ela perguntou, sentando na cama ao meu lado.
  - Só deitado... pensando e escrevendo... - eu respondi.
  - Ah... posso pegar seu violão emprestado? Sua irmã está pedindo.
  - Claro. Ei, mãe, lê essa música aqui. Qual seria um nome bom pra ela? - eu perguntei querendo alguma dica de nome pra música.
  - Não é óbvio? - ela disse e me olhou.
  - Não. Se fosse eu não estaria perguntando... - eu disse.
  - That Should Be Me. Duh! - ela disse e jogou a folha no meu lado.
  - Por causa do refrão? É claro...
  Eu adorei o nome. That Should Be Me...
  - Pra quem é?
  - Pra quem é o que? - perguntei.
  - A música... é claro que é pra alguém.
  - Ninguém... só estava pensando numas histórias que eu li e escrevi essa música.
  - Sei... - ela disse com tom de dúvida.
  - Se fosse pra alguém eu diria.
  - Não. Não diria.
  Eu balancei a cabeça, negativamente.
  - Você está errada. Eu diria porque eu confio em você.
  - Eu sou sua mãe, Justin. Você não fala sobre meninas comigo... - ela disse e cruzou os braços.
  - Claro que falo... não lembra da Shay? - eu disse, relembrando uma ex-namorada minha.
  - Ah é... - ela riu - Agora eu já vou descer. Vou deixar você pensar na garota da That Should Be Me... - ela disse, rindo e pegando o violão.
  - Não tem garota nenhuma. - menti.
  - Claro que tem! - ela disse e deu um beijo em meu rosto. - Boa noite!
  - Boa noite! E não tem. - eu disse.
  Ela me jogou um beijo e saiu do quarto sussurando ''tem sim''.
  Por que as mães nos conhecem tão bem? Meu Deus... é incrível isso!
  Eu já estava com muito sono então resolvi dormir logo. Dobrei o papel e coloquei em uma gaveta ao lado da minha cama.

  Alice narrando...

  O Justin estava me escondendo alguma coisa... ele disse que me acha bonita, que gosta de mim, que queria ser Julian... ele disse em tom de brincadeira mas havia alguma coisa em seu olhar. Eu sabia que tinha e eu ia descobrir se tudo aquilo era realmente brincadeira. Ou se não era...
 
 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 5 | Brincadeiras à parte

  Alice narrando...

 Quando abri a porta vi que era o Julian. Até aí nada de estranho, o estranho foi o Justin, ele nem falou com ele, subiu as escadas com uma cara irritada...

  Justin narrando... 

  - Que droga! Não pode ser! Não pode! - eu entrei no meu quarto chutando a porta.
  Eu sentei na cama e comecei a compor - eu sempre fazia isso pra me acalmar.
  Eu gosto dela, eu gosto dela, que merda! A garota que eu menos gostei em toda a minha vida estava se tornando a que eu mais iria gostar. Não pode ser!
  Everybody's laughing in my mind - eu comecei a compor.
  Eu ouvi passadas rápidas nos degraus e escondi a folha de papel embaixo das cobertas da cama.
  - Justin? O que foi? - perguntou Alice, entrando no meu quarto. Ótimo, a última pessoa que eu queria ver...
  - Nada - eu disse, ainda irritado. Eu estava irritado comigo mesmo, não com ela.
  - É lógico que tem alguma coisa. - ela disse, sentando do meu lado e colocando a mão em meu ombro.
  - Alice? Se eu te pedir pra ficar sozinho você me deixa? - eu disse da maneira mais educada que pude.
  - Antes me diz o que está te incomodando.
  - Não.
  - Ok. Tchau. - ela saiu.
  Ela iria fazer alguma coisa pra descobrir, é dela fazer isso. Já faz parte de Alice McAllen fazer essas coisas.
  Peguei de volta a folha de papel e recomecei a escrever.
  Rumors spreading about this other guy - continuei.
  Argh. Larguei a folha. Estava sem inspiração naquela hora.
  Eu resolvi descer mesmo sabendo que ver Julian com ela iria me incomodar... eu teria que me acostumar a isso.
  - E ai, Julian? - eu disse, entrando na sala de estar - onde Alice estava sentada ao lado dele no sofá - e me sentando na poltrona.
  - Oi, Justin - ele se levantou e fez um toque de mãos comigo.
  Eu olhei rápido para Alice e ela sorriu. Pela primeira vez na vida o sorriso de Alice mexeu comigo.
  Resolvi dar algumas pistas pra ela, não pistas que ela desvendasse logo... mas o meu tipo de pistas.
  - Sabe, Alice... você está linda hoje - comecei a brincar com ela. Eu estava falando sério, mas em tom de brincadeira.
  - Para com isso, Jus - ela disse, rindo.
  - Se eu pudesse ser Julian pra passar a mão em seus cabelos castanhos - e passei a mão -, te beijar - e dei um beijo no rosto dela -, olhar em seus olhos - ok, isso aí mexeu mesmo comigo, eu tremi por dentro.
  Ela estava rindo muito e Julian também. Eles sabiam o quanto eu era brincalhão. Só não sabiam que deveriam levar a sério essa brincadeira.
  - Ok, garanhão, vou ficar com ciúmes - Julian disse, me cutucando.
  - Vamos ter que brigar por ela, Julian? - eu perguntei, cruzando os braços.
  - Claro - ele disse, se levantando e ficando sério.
  - Gente, gente. Eu gosto muito de vocês dois, não quero ver vocês brigando - Alice entrou na brincadeira.
  Ela gosta muito de mim, ai meu Deus.
  - Ela gosta de mim, oh, céus - eu disse e coloquei a mão no coração.
  - Que menino idiota - ela disse, me dando um tapinha no braço. Eu ri.
  Nós ficamos assistindo uns filmes por um tempo, Alice se agarrando com Julian no sofá e eu fingindo que não me importava. Até que chegou a hora de Julian ir embora, aleluia!
  Ele foi e eu fui pra cozinha preparar alguma coisa pra comer. Ok, eu como muito. Alice me seguiu.
  - Alice? - eu chamei.
  - Oi, Justin.
  - É que... sabe... - eu cheguei perto dela e a prendi na porta da cozinha.
  - Para com isso, Justin - ela disse, rindo.
  - Eu te acho tão linda... gosto tanto de você - eu disse, olhando pra ela de um jeito que nem eu mesmo reconhecia.
  - Own, eu também! - ela disse e apertou minha bochecha.
  Eu ri e olhei pra ela de um jeito... digamos que... apaixonado.
  - Você está falando sério? - ela me perguntou, olhando em meus olhos.
 

 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 4 | O Sonho

  Justin narrando...


  Nós estávamos correndo na praia, eu e Alice. Ela estava mais linda do que nunca com seus cabelos lisos e castanhos soltos, seus olhos esverdeados brilhando com o reflexo do sol, sua pele de um tom quase moreno estava reluzente. Nossa... como eu a amava. Ela estava rindo e seu sorriso... seu sorriso era a coisa mais linda que ela tinha.
  - Do que você está rindo, Alice? - eu perguntei, ainda correndo. 
  - Acho que você esqueceu alguma coisinha, não? - ela disse e apontou pra baixo. Eu tomei um susto quando vi que estava sem bermuda. Só de sunga.
  - Ai, meu pai... desculpa, Alice. - eu disse, envergonhado.
  De repente eu olho pra baixo de novo e já estou com a bermuda. Achei estranho. 
  Nós paramos e sentamos na areia, um grudado com o outro.
  - Eu te amo, Justin - ela disse.
  - Mas e o Julian? - eu perguntava, me lembrando do namoradinho dela.
  - Ele que se dane, quem eu quero é você.
  - Eu também te amo, minha linda - eu disse e dei um beijo na ponta de seu nariz. 
  - Justin? - ela me chamou.
  - O que foi? 
  - Justin? Justin? - ela começou a me chamar. 
  Eu acordei. Era Caitlin me chamando.
  - O que foi? O que foi? - gritei.
  - Tava sonhando alguma coisa boa? - ela perguntou. Achei estranho que a primeira resposta que me veio na cabeça foi ''sim''.
  - Por que a pergunta? - eu perguntei.
  - Eu entrei aqui no quarto pra te chamar pra jantar mas você estava dormindo, eu cheguei mais perto e você estava rindo. - ela disse e sorriu.
  - Ahnn... é que... deixa pra lá - eu disse, desconcertado.
  - Ah, vai me conta! - ela pediu, me sacudindo.
  - Vocês meninas já gostam de saber da vida dos meninos, né? E eu não me lembro direito - menti.
  - É né... ah, que chato - ela murmurou.
  - Pois é... agora sai daqui - eu disse e joguei um travesseiro nela.
  - Não jogue a Beyonce pra cima de mim! - ela disse.
  Eu ri.
  - Idiota - falei.
  Ela saiu do meu quarto e eu fiquei lembrando do sonho. Ela estava tão bonita no meu sonho e eu olhava pra ela tão... apaixonado. Isso só pode ser sonho mesmo, ela tem namorado, eu não gosto dela desse jeito e muito menos ela de mim. Resolvi levantar pra comer. Quando eu desci, Alice estava na sala com Ryan, jogando videogame. Logo quando eu a vi um sorriso surgiu em meu rosto, eu não faço ideia do porquê...
  - Você vai perder, se prepare! - Alice gritou para Ryan.
  - Não, ele não vai. Ele é ótimo em videogames de luta. - eu disse, sentando no sofá, atrás deles.
  - Ah, duvido. - ela respondeu rindo.
  - Ah, não brigam mais? - perguntou Ryan.
  - Não, estamos em pacto de paz. - eu ri.
  - Que lindo isso, gente - disse Ryan.
  - Você é gay?
  - Sai pra lá.
  - Ah, tá. ''Que lindo isso'' - eu o imitei e ri.
  - Otário - ele murmurou.
  Eu não sabia se deveria contar à Alice do meu sonho. Mas acho que ainda não era a hora.
  Eu fui pra cozinha e comi. Tinha bolo de chocolate.
  Ouvi a companhia tocar e era Julian, Alice o atendeu toda feliz. ''Amor, querido, meu bebê'' ela usava para falar com ele. Eu me senti incomodado com aquilo, e naquela hora a palavra ''incômodo'' ganhou outro significado. Um significado que me fazia querer ser Julian...

domingo, 18 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 3 | A Conversa

  30 de dezembro. Penúltimo dia do ano. Pra muitos significava ''véspera de ano novo'' ou quem sabe até ''recomeço''. Mas pra mim? Pra mim significava o dia que eu ia passar a viver com a garota que eu menos gosto e que minha vida se tornaria um tédio. Você não gostar de uma pessoa é uma coisa, você viver com ela é outra totalmente diferente. Diferente de um jeito ruim mesmo.
  - Justin, coloque essa caixa no seu quarto. Seus cadernos estão aí. - minha mãe disse.
  - Tá - respondi e levei minha caixa para o quarto. Você deve estar se perguntando ''que cadernos são esses?'', eu vou te responder: São os cadernos que eu componho minhas músicas, eu gosto muito de compor. Tem pessoas que gostam de ler, de cantar, de tocar instrumentos, mas eu? Eu gosto dessas últimas duas coisas, mas eu gosto mais de compor. Compor é pra poucos, e me sinto honrado de ter esse dom. O que eu componho? Músicas, dã. Músicas românticas. Não sei de onde tiro inspiração pra isso, talvez de algumas meninas que já gostei em minha vida. Mas eu nunca me apaixonei de verdade. Eu tinha medo de me apaixonar por certas pessoas, pessoas que de início eu não gostava, sabe? Isso iria acontecer, mas ainda levaria um tempo...
  Bom... naquele dia eu estava terminando de me mudar pra minha nova casa. Iríamos morar todos juntos - eu, Alice, Pattie, Charles, Caitlin e Ryan.
  - Que cadernos são esses, Justin? - Alice entrou no meu quarto perguntando. Ninguém - exceto minha mãe - sabia que eu compunha.
  - Não te interessa. - eu respondi.
  - Ai, desculpa. Ei, eu tava falando com meu pai e eu prometi pra ele que eu ia tentar me dar bem com você. Será que você pode ajudar? Pelo menos tenta. - ela pediu. Até que não era má ideia, eu não gosto de não gostar das pessoas. Minha mãe me ensinou a gostar de todo mundo, mas com Alice era diferente. Não era ódio, mas ela me irritava.
  - Eu prometo que vou tentar. - eu sorri de lado.
  - Ok. - ela disse, sentando na minha cama.
  - Vou perguntar de novo: Que cadernos são esses?
  - Onde eu escrevo minhas músicas, mas é segredo. De. Estado. - eu disse pausadamente.
  - Músicas?! Sério? Você escreve músicas? - ela perguntou.
  - É... por que a incredulidade? - eu perguntei.
  - Sei lá, você não tem cara de quem escreve, canta... Você canta?
  - Eu canto, toco quatro instrumentos e componho. - eu disse, ficando impressionado comigo mesmo.
  - Noooooooooooossa! - ela disse e sorriu - Quero ver isso um dia.
  - Vou pensar... - eu disse. Ela até que não era tão má assim...
  - Ain, por favor, Justin - ela pediu.
  - Já disse que vou pensar, ok? - eu disse.
  Podia até ser que a nossa amizade desse certo. Contanto que ela não me irrite.
  Eu terminei de arrumar minhas coisas e percebi que, em anos, aquela foi a primeira conversa, sem xingamento, com ela. Aleluia! Mas o que eu não sabia, era que seria a primeira de muitas dalí pra frente.
  - Você já deveria se considerar. Eu já comecei bem, te contei das músicas - eu disse à Alice.
  - Quantas pessoas sabem? - ela perguntou, enquanto mexia em alguns dos meus CDs.
  - Você e minha mãe, só. Nem Joe, nem Ryan, Caitlin... ninguém além de vocês! - eu disse ainda olhando para os cadernos.
  - Hummmm, isso é bom! Temos confiança. - ela disse e sorriu.
  - Hummm, Alice?
  - Oi, Justin. - ela respondeu.
  - Por que a gente se odiou durante tanto tempo? - eu perguntei. Eu realmente queria saber.
  - Quem sabe? - ela disse e começou a pensar.
  - É... eu que não sei. - eu ri.
  - Nem eu.
  Nós iriamos nos dar bem, eu já estava vendo isso.
  - Um dia desses, quem sabe se nos dermos tão bem quanto eu acho que a gente vai se dar, eu escrevo uma música pra você e canto ela. - eu disse.
  - Como assim ''como você acha que a gente vai se dar''? - ela perguntou.
  - Nos demos bem até agora, já rimos, já te confiei meu maior segredo... talvez a gente fique amigos mesmo... - eu disse.
  - Ah tá. Faça isso! Eu quero te ouvir cantando! - ela pediu.
  - Vou pensar...
  - Você pensa muito.
  - É né... - eu ri.
  Ela riu junto.
  - Vou pro meu quarto. - ela disse.
  - Ok.
  Ela saiu e eu fiquei lá. Pensando.
  Nós passamos nossa vida toda nos odiando e agora estamos nos dando bem. Ela era bem... digamos... agradável. Ela me fazia rir, eu disse à ela das músicas e ela não me ridicularizou, tipo ''devem ser uma merda'', como ela faria se ainda nos odiássemos.
  Eu pensei em que tipo de música eu escreveria pra ela, não sabia. Resolvi parar de pensar isso e fui tomar banho pra me deitar.
  Eu sonhei com ela...

sábado, 17 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 2 | Isso não vai dar certo...

  - O que? - eu perguntei incrédula.
  - É isso mesmo... - meu pai respondeu.
  Ele só podia estar brincando comigo.
  - Mãe, eu não consigo imaginar eu e Alice na mesma casa, não dá! Não, não, não. Não funciona - Justin disse para sua mãe.
  O Natal estava ótimo, todos nós estávamos adorando estar juntos - menos eu e Justin, é claro - aí meu pai e Pattie vêm com a ideia de morarmos na mesma casa? Tá de sacanagem.
  - Isso. Não. Vai. Dar. Certo. - eu disse para Pattie.
  - E por que não? Já está na hora de você e Justin se aquietarem! Vocês se odeiam desde quando? - ela parou e fingiu que estava pensando - Desde que tinham 1 minuto de vida? Vocês têm tanto em comum, que se pararem pra conversar vão acabar virando melhores amigos.
  - Minha melhor amiga é Isabella - pena que ela não estava lá nessa hora pois tinha ido pra sua casa com sua família - e o melhor amigo do Justin é o Joe. Nós temos nossos melhores amigos, obrigada - eu disse.
  - Concordo - disse Justin.
  - Um dia desses eu vou trancar vocês dois num quarto e vou mandar vocês conversarem e só vão sair de lá depois que forem amigos - disse Julian.
  - VOCÊ NÃO É DOIDO! - eu gritei.
  - Eu ajudo - disse Ryan. Eu o fuzilei com os olhos.
  - Eu também - disse Caitlin. Mais que droga! Todos queriam que eu virasse amiga desse coisa.
  - Quando começamos a mudança, querida? - papai perguntou pra Pattie.
  - O quê? Eu pensei que vocês só estavam me zoando - disse Justin.
  - Não, não, querido. - Ela disse para Justin - E, Charles, que tal adiantarmos isso pra antes do ano novo? As coisas já estão arrumadas lá em casa, é só levar.
  - Como assim arrumadas? Eu não vi caixa nenhuma - disse Justin.
  - É que antes de virmos pra cá, eu, Caitlin e Ryan estávamos arrumando isso enquanto você estava aqui ajudando. Eu sabia que você não ia aceitar então eu mandei você vir pra cá enquanto nós cuidávamos disso. E já temos a casa. - ela respondeu.
  - Ótimo - bufou Justin.

  Justin narrando... 

  Essa história de eu viver na mesma casa que a Alice não estava dando certo. Eu sempre fui cavalheiro, tratei as meninas direito, como devem ser tratadas. Mas com a Alice eu não consigo. Ela é irritante, completamente insuportável. Eu não consigo nem olhar na cara dela sem sentir raiva...
  Mas, infelizmente, quando minha mãe toma uma decisão é o que ela decidiu e pronto, ponto final. Eu teria que conviver com ela, querendo ou não. Gostando ou não.
  Meu telefone tocou, era Joe.
  - Licença aqui, pessoal - eu disse e eles balançaram a cabeça de um modo que dava a entender que eles aceitavam eu sair da mesa.
  - E aí cara? Feliz Natal - eu atendi.
  - Pra você também. Tô ótimo e você? - Joe respondeu.
  Joe era meu amigo desde que eu tinha mais ou menos 10 anos. A gente se conheceu na escola, isso quando eu estudava. Quer dizer, eu ainda estudo, só que em casa pois eu bagunçava muito na escola e não dava certo.
  - Empilhado. Adivinha? Minha mãe e o Charles resolveram morar na mesma casa, Joe. - eu disse.
  - Hummmmmmm - fez ele se lamentando - sinto muito cara. Vai ter que viver com a Alice, né? Ela é a maior gata, se liga. - ele disse.
  - Ha-ha, muito engraçado. Ela é gata sim, mas o tanto que ela é gata, ela é irritante - eu disse.
  Ele riu.
  - Justin! - minha mãe me chamou - Vem cá.
  - Já vou, mãe - gritei de volta.
  - Ai, meu ouvido Sr. Ela É Uma Gata - ele disse.
  Esse garoto tem um gênio de me irritar. Mas ele tinha um diferencial de Alice, ele era legal, eu confiava nele. Afinal, éramos amigos a bastante tempo.
  - Para com isso! É sério. Tchau viu, Joe. Feliz Natal - eu nem esperei a resposta e desliguei logo.
  Eu tinha dito que a menina era uma gata e ele ficou me zoando. Mas esse é o Joe. Eu voltei pra cozinha e minha mãe estava rindo.
  - Qual a graça? Tô precisando rir também. - Eu perguntei.
  - Nada não, senta aí. - disse Julian.
  - E que casa é essa que vocês compraram? Fica aqui em Vancouver mesmo? - eu perguntei.
  - Fica sim. É longe daqui de onde a gente mora. Mas a casa é linda, tem piscina, quadras... vocês dois vão amar - Minha mãe disse, se referindo a mim e Ryan.
  - Hum... pelo menos um ponto bom! - eu disse.
  - Pare com isso, Justin - disse Caitlin.
  Eu estava realmente zangado com esse negócio de morar junto com Alice. Mas eu iria me acostumar... quem sabe até... CREDO! Afugentei meus pensamentos. Era melhor nem pensar nisso mesmo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CAPÍTULO 1 | A noite de Natal

  Alice narrando... 


    Era um domingo de Natal e estávamos todos em casa (eu, Isabella, Julian, meu pai e o idiota do Justin). Estava tudo bem, nós estávamos arrumando a casa pra de noite. Eu morava em Vancouver, no Canadá. Aqui é bem frio essa época do ano, pra falar a verdade, aqui é frio sempre.
  - Ô seu idiota, coloca essa árvore perto da janela. - eu pedi pra Justin.
  - Eu tenho um nome sabia? - ele disse, todo sínico.
  - Sabia. Agora coloca a árvore lá, por favor.
  Ele fez um ''AFF'' mas colocou a árvore lá, e ainda colocou mal-colocada! A árvore é toda feita de encaixes e aquele otário deixou a árvore se desmontar toda.
  - Será que você não consegue fazer nada que preste, seu imprestável? - eu gritei.
  - Dá pra vocês serem amigos pelo menos por hoje? - pediu meu pai.
  - Não, não dá, desculpe. - Justin disse.
  Eu concordei com a cabeça.
  Julian veio por trás de mim e me abraçou, ele era um fofo! O namorado mais lindo do mundo era ele! As minhas amigas falavam que eu deveria arrumar um namorado melhor, pois eu era bem popular na escola, mas eu estava feliz com Julian. Muito feliz!
  - Eu te amo, bebê - eu disse pra Julian.
  - Eu também meu amor - ele deu um beijinho na ponta do meu nariz.
  Justin ficou imitando a gente e Bella se acabando de rir.
  - Não ria desse idiota, você fica dando corda. - eu a repreendi.
  - Ah, qual é. - ela virou os olhos.
  Todos rimos.
  - Por que a Pattie não veio, papai? - eu perguntei.
  - Ela está cuidando de umas coisinhas, logo, logo ela aparece aqui.
  - Hum...
  Pattie era a namorada do papai e mãe do Justin. Eles não gostavam da ideia de que eu não me dava bem com o Justin. A gente se conhecia desde pequenos e nunca nos demos bem. Eu não suportava ele mesmo, ele tinha 17 anos mas parecia mais que tinha 5. Tudo era motivo de gracinha, eu também sou assim as vezes, mas ele é demais! E eu tenho certeza que ele também não me suporta.
  - Sabe, Justin... você deveria ser que nem sua irmã, a Caitlin. Ela sim é legal, engraçada, sem ser irritante - eu disse pro Justin.
  - Sabe, Alice... é problema seu se você não gosta de mim, eu também não vou com sua cara - ele respondeu.
  - Você me irrita quando faz praticamente tudo, como pode? - eu perguntei.
  - E você me irrita, me deixa a flor da pele, só de existir - ele disse. Eu nem liguei. Eu não suporto ele mesmo.
  - Parem, parem, gente. Paz e amor, hoje é Natal - disse Bella.
  - Dizem que quem muito se odeia, acaba se amando, viu? - disse meu pai.
  Eu olhei pro Justin com cara de nojo.
  - Ecaaaaaa, aff! Prefiro morrer! - eu disse.
  - Vocês parecem duas crianças brigando. Sério. - disse Julian.
  - Não se mete, amor, se não eu brigo com você também - eu brinquei.
  - Ok, desculpe - ele levantou as mãos, como quem está se rendendo.
  Eu ri.
  - Oi, meus amooooooores! - disse Pattie, entrando em casa com Caitlin e Ryan juntos.
  - Oi, Pattie, Caitlin, Ryan - eu disse e fui falar com eles.
  - Tudo na paz? - perguntou Ryan.
  - Tudo menos seu irmãozinho ali. - eu respondi.
  - Nem no Natal, gente? - perguntou Caitlin.
  - Isso! - eu disse junto com ele.
  - IIIIIIIIIIIII, já estão falando juntos, daqui a pouco vão ficar juntos embaixo do visco. - disse meu pai, irritando.
  - Tá repreendido, amarrado, em nome de Jesus - eu disse.
  - Tá mesmo - disse Justin.
  Nós terminamos de arrumar a mesa, a casa e tudo que tínhamos pra arrumar e fomos nos sentar.
  Comemos, oramos e conversamos até que meu pai me vem com a notícia do século. A notícia que eu mais odiei e que, com o tempo, eu mais amaria...

  

Sinopse e Personagens...

Personagens:

Justin Bieber
Caitlin Bieber (irmã de Bieber)
Ryan Bieber (irmão de Bieber)
Pattie Mallette (mãe de Bieber)
Joe (melhor amigo do Justin)
Alice McAllen
Isabella (melhor amiga de Alice)
Julian Hill (namorado de Alice)
Charles McAllen (pai de Alice)                  

SINOPSE:

  Alice McAllen tem 16 anos, é linda, popular, engraçada e tem um namorado, Julian. Eles se amam, já estão a quase 2 anos juntos. Mas isso mudaria quando Charles, seu pai, e Pattie, mãe do garoto que ela mais odiava no mundo, tomam uma decisão. Apresentando Justin Bieber, o garoto mais insuportável e chato do mundo, segundo Alice. Isabella, a amiga mais fiel e legal de todas, Julian Hill, o namorado perfeito que logo deixaria de ser, Joe, o melhor amigo e confidente de Justin e Caitlin e Ryan Bieber, seus irmãos que dariam ótimos amigos também. Quando tudo parece estar perfeito, o relacionamento de 2 de nossos personagens muda. E isso mudaria o rumo dessa estória toda...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Nova Imagine Belieber!

  Bom gente... aqui estou eu de novo pra escrever uma nova história pra vocês. O nome dessa história vai ser That Should Be Me e a sinopse vai ser postada logo! Obrigada por terem lido a All I Want Is You, ela foi minha primeira IB e teve várias visualizações então, muito obrigada, fico feliz de verdade! Leiam esta nova IB, prometo que será tão boa quanto a outra hehe. Beijinhos, a garota do blog (KKKKKKKK meio Gossip Girl isso). 


  - Dayanne ou UnderTheMistletoe