Quantos já leram?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Agradecimento...

  Bom gente... MUITO, MUITO obrigada por terem lido a IB That Should Be Me. Foi muito bom escrever essa IB aqui pra vocês... obrigada pelos comentários, que sempre foram uma motivação pra continuar escrevendo. Obrigada por tudo, tudo mesmo! Bom, como eu já disse numa postagem anterior, eu vou começar a escrever outra fanfic. Ela se chama You Belong With Me e clicando aqui  vocês vão ver a sinopse e os personagens. Amanhã eu irei escrever o primeiro capítulo. Não esqueçam de seguir o blog da nova história e de continuar comentando nos capítulos. Novamente, obrigada! Beijinhos, ♥

CAPÍTULO 20 | De volta onde tudo começou

  - Que saudades de você, meu anjo - disse meu pai quando me viu.
  Nós tínhamos voltado de Paris naquele mesmo dia e meu pai foi nos buscar, assim como levou.
  - Também estávamos.
  - E aí, Bieber? - eles trocaram um toque de mãos e se abraçaram.
  - Foi tudo... perfeito. Obrigado por ter deixado - agradeceu Justin.
  - É... perfeito mesmo - concordei.
  Justin sorriu e me deu um selinho, ali na frente de meu pai.
  Quando eu me virei para ele para ver sua reação ele estava sorrindo.
  - Você... sabia disso? - perguntei.
  - Claro. Não teria deixado minha filha ir para Paris se não fosse por uma causa nobre - ele sorriu e bagunçou o cabelo de Justin.
  - Vocês são dois malandros.
  - Não tá feliz, amorzinho? - Justin disse colocando a mão em minha cintura.
  Fiz um gesto afirmativo com a cabeça e sorri.
 
  [...]

  Eu já tinha chegado em casa e falado com todos.
  Foi só uma semana, mas todos agiam como se fosse um mês ou até mais.
  - Do que você menos gostou lá? - perguntou Ryan no jantar.
  Eu parei para pensar.
  - Nada. Eu amei tudo. A cidade é linda, a Torre Eiffel de noite mesmo... nossa!
  - Que sonho! Eu quero ir lá um dia! - disse Caitlin e olhou para a mãe.
  Eu dei risada.
  - É... Tem que levar ela - eu disse.
  Ela sorriu para mim em agradecimento pela força.
  - Que tal nas próximas férias? - disse Pattie.
  - SÉRIO? - perguntou Cait.
  - Sim... Aceita, Charles?
  - Claro. Vamos?
  Todos fizeram um gesto positivo com a cabeça. Caitlin deu um gritinho mudo e ficou meio que dançando.
  Doida.
  - Bom, gente... Tenho que informá-los de uma novidade. Não vou me responsabilizar se Caitlin estourar seus ouvidos.
  - Engraçadinho - ela interrompeu Justin.
  - Continuando... Eu estou namorando - disse Justin.
  - Quem? - Ryan perguntou. - Eu conheço? É gata? Inteligente? Aposto que é engraçada. É engraçada?
  - Olhe para a sua direita - disse Justin e sorriu para mim. Eu sorri de volta, envergonhada.
  Caitlin arregalou os olhos e sorriu mesmo com a boca aberta de surpresa. Ela tinha entendido.
  - Ai. Meu. Deus - disse Caitlin e começou a correr pela casa. Eu comecei a gargalhar.
  - Já decidiram o hospício para Cait? - perguntei.
  Todos deram risada.
  Caitlin voltou e se sentou novamente.
  - Caramba! Eu sabia que vocês iam ter alguma coisa um dia se virassem amigos - disse meu pai.
  Sínico.
  - Como se você não já soubesse... - eu disse e estreitei os olhos para ele.
  Ele revirou os olhos e eu sorri.
  - Fico muito, muito feliz por vocês - disse Pattie pegando em minha mão e na do Justin.
  Eu troquei um olhar com Justin e demos risada.
  - Eu estou sentindo como se Tom e Jerry fizessem as pazes - disse Ryan.
  Eu ri.
  - Nós ainda nos odiamos, sim. O ódio não vai embora assim - disse Justin e logo depois riu.
  - É... O fato de estarmos namorando não o torna menos otário - falei.
  Todos deram risada.
  - Temos que ter um beijo aqui, não? - propôs Caitlin. Ryan concordou com a cabeça.
  Justin se levantou e veio pro meu lado. Ele estendeu a mão e eu peguei. Ele colocou minha mão envolta de seu pescoço e as mãos dele em minha cintura.
  - Eu te amo - ele sussurrou e me beijou.
  - Eu também - eu sussurrei de volta quando paramos e só deu pra ouvir as palmas atrás de nós.
  - Isso aqui não é teatro - disse Justin, brincando.
  Eu dei risada e o abracei. Ele me abraçou forte.
  - Quero te levar em um lugar.
  - Qual? - perguntei.
  - Onde tudo começou - disse Justin.
  O lago.
  Ele pegou as chaves do carro, o violão e fomos. Todos estávam rindo na mesa quando saímos.
 
  [...]

  - Obrigada - eu disse.
  Nós estávamos sentados juntos na beira do lago.
  - Não precisa agradecer, minha linda - ele disse e sorriu.
  Ele pegou o violão e começou a cantar That Should Be Me. Eu sorri quando ouvi a música que ele tinha feito enquanto eu namorava Julian.
  Julian... o namorado dos meus sonhos até um certo tempo atrás.
  Mal sabia eu que o garoto dos meus sonhos não era Julian, e sim um garoto que eu passei a vida odiando.
  Dizem que quem muito se odeia acaba se amando.
  Hoje eu sei... É só mais um ditado verdadeiro. Eu sorri e olhei para Justin. Ele estava cantando com aquela voz rouca dele. Voz de anjo.
  - Eu te amo - eu disse enquanto ele cantava.
  Ele parou de tocar o violão e de cantar e me olhou. Eu vi um brilho em seus olhos que eu nunca tinha visto antes.
  - Eu te amo mais, minha Alice - ele disse e me beijou.
  Aquele foi o momento que eu tive certeza que realmente o amor realmente existe. E você vai senti-lo quando você menos esperar, com a pessoa que você menos esperar.

Nova Imagine Belieber!

Pessoal, hoje eu irei postar o último capítulo da IB That Should Be Me e amanhã estarei começando uma nova IB. Ela irá se chamar You Belong With Me e clicando aqui vocês verão os personagens e a sinopse. Se vocês puderem seguir o blog, eu agradeço. Obrigada por estarem lendo essa IB, é muito importante pra mim ler todos os comentários e fazer de tudo pra agradar vocês! Bom... é isso. Obrigada mais uma vez e não esqueçam de conferir a nova IB! Beijinhos :*** 


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 19 | A pergunta

  - Para, Justin! Para! - eu gritava.
  Eu estava correndo de Justin em um campo florido. Ele estava correndo atrás de mim para me fazer cócegas. Aff, eu odeio isso!
  - Não vou mesmo, para você logo e aceite seu destino - ele disse e começou a rir e correu mais rápido.
  Eu parei pois não aguentava mais correr. Ele pulou em mim para atacar minha barriga. Eu dava gargalhadas altas. 
  - Os lobos vão ouvir - ele disse, sussurrando.
  - Que lobos, seu idiota? 
  - Esses aqui.
  Ele começou a me morder. Eu só conseguia rir.
  - Eu te amo, lobinho - eu disse, puxando seu cabelo de leve.
  - Eu também, linda - murmurou ele e me beijou. 
  O beijo ia ficando mais intenso a cada segundo que se passava até que...
 
  Justin narrando...

  - Acorda, mulher - eu gritei jogando um travesseiro encima de Alice.
  Ela estava dormindo como um anjo, mas tínhamos que acordar cedo.
  - Se ferra, Bieber!
  - Olha o respeito, mocinha. Eu não te ensinei isso. E além do mais... Paris nos espera - eu disse jogando outro travesseiro nela.
  - Paris que se dane.
  Isso é Tensão Pré Menstrual, ou, se preferir...
  - TPM.
  - O que?
  - Você está de TPM - eu disse.
  - Eu não tenho isso - ela disse se levantando e me empurrando pra dar passagem.
  - Não? Então me explica como ontem você estava dócil, dócil e hoje você acorda em Paris - eu dei ênfase ao nome da cidade - de mau humor e ainda me empurra quando venho te levantar para irmos conhecer a cidade dos seus sonhos.
  - Me desculpa, ok? Te amo - ela disse e me deu um selinho.
  - Tá. Também amo você, agora toma um banho pra gente comer e vai se arrumar.
  Eu já tinha acordado mais cedo e já tinha me arrumado. Só não tinha tomado café. Então fui pra cozinha.

  Alice narrando...

  O moleque me acorda de um sonho perfeito daqueles e ainda quer bom humor. Ah, tá.
  Eu fui pro banheiro, tomei banho e me arrumei.
  Coloquei uma calça jeans com botas sem salto e uma camisa grossa. Estava frio em Paris.
  - Tá bonita - disse Justin quando eu entrei na cozinha.
  - Você também está bonito, desculpe não ter notado antes. É que eu estava sonhando com... - parei na mesma hora.
  - Com o que? - ele perguntou se virando para mim.
  Justin estava perto da pia cortando uns ingredientes para fazer um omelete.
  - Com uns lobos fofos me mordendo - eu disse e dei risada. Não era verdade, mas também não era totalmente mentira.
  - Hum... - murmurou ele e se voltou ao que estava fazendo antes.
  - Qual o roteiro de hoje, Biebs? - perguntei.
  - Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Notre Dame e alguns museus e igrejas antigas.
  - Legal...
  Eu mal podia esperar para ver tudo isso de perto.
  Justin continuou preparando nosso omelete e ficamos em silêncio.
  Enquanto comíamos, eu e Justin fazíamos algumas brincadeiras. Estar com ele sozinha em um apartamento era bom. Ele fazia do que, de primeira vista, era tedioso, uma brincadeira.
 
  [...]

  Nós fomos em todos os lugares que Justin havia falado. Batemos foto, comemos algumas comidas típicas daqui, falamos com alguns turistas que nem se quer entendiam o que falávamos e coisas do tipo. Mas tinha um lugar que nós ainda não tínhamos ido.
  Torre Eiffel.
  - Vem cá - Justin puxou minha mão e eu o segui.
  Nós estávamos na frente da Torre e ele pegou a câmera.
  Batemos uma foto e ele me fez uma pergunta.
  - Namora comigo? - ele pediu.
  Meu coração bateu mais forte e senti minhas mãos suando. Eu já estava acostumada com Justin por perto, mas com essa pergunta foi inevitável...
  - Namora comigo? - repetiu ele.
  Eu o beijei. Minha garganta estava presa, eu não conseguia dizer nada, meu coração palpitava e, novamente, eu não conseguia dizer nada. Então o beijei.
  - Eu te amo - eu disse.
  - Isso é um sim? - ele perguntou sorrindo.
  - É sim!

domingo, 8 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 18 | Paris

  - Gostou da surpresa? - Justin me perguntou depois que o soltei do abraço.
  - Sim, de todas - sorri e o beijei. Eu não consegui evitar. Seus lábios eram quentes e doces, era... bom beijar ele.
  - Eu te amo, bebê - ele disse e beijou minha testa.
  - Também te amo - falei.
  Nós demos as mãos e voltamos para casa.
  - Espera ai - eu disse chamando a atenção de Justin para mim. - Foi sobre isso que você falou com meu pai? - perguntei.
  - Foi sim - ele disse e sorriu.
  - Hum... - murmurei.
  Eu peguei as passagens e olhei novamente. Paris... A cidade mais romântica do mundo na minha opinião.
  Mal podia acreditar que estava indo para lá.
 
  1 semana depois...

  - Vamos logo, Alice! - meu pai me apressava para irmos logo para o aeroporto.
  Meu voo sairia dali a 2 horas. Eu estava terminando de me maquiar.
  - Pronto! - gritei. - Já estou descendo.
  Justin e Ryan já haviam levado minhas malas para dentro do carro. Iriamos passar uma semana em Paris.
  - Obrigada, pai - eu disse.
  - De nada, filha... - ele disse e beijou minha testa.
  - Tchau, maninha! - disse Caitlin me abraçando.
  - Tchau, cuida bem do Tyler - eu disse pegando ele no colo.
  - Ei, mocinho. Se cuida, tá? - falei e ele tentou me lamber. Eu dei risada e fiz carinho nele quando o coloquei no chão novamente.
  - Tchau, Pattie.
  - Tchau, Alice. Tirem fotos, curtam muito e me liguem quando chegarem.
  - Vamos sim - falei.
  - Tchau, Allie - disse Isabella. Ela tinha ido lá pra casa pra falar comigo antes da viagem.
  - Tchau, Bel.
  - Heeeey, moça! Cuida do meu irmão, falou? - disse Ryan.
  - Vou sim - disse.
  Meu pai pegou as bagagens que restavam e colocou no carro. Justin foi sentado atrás comigo e meu pai foi dirigindo.
  Eu e Justin fomos conversando sobre a viagem o tempo todo.
  - Tchau. Se cuidem - despediu-se meu pai.
  - Tchau, paizinho.
  - Vamos nos cuidar sim. Tchau - falou Justin.
  Nós fomos para o portão de embarque e entramos no avião. Antes disso comprei uns 2 livros em uma livraria no aeroporto.
  O apartamento que iriamos ficar, ficava na margem do Sena. Era uma vista linda.
  Turistas do mundo todo iam para Paris e não podiam deixar de visitar aquele rio.
 
  Justin narrando...

  Paris.
  Sena.
  Torre Eiffel.
  Três pequenos nomes que iriam fazer toda a diferença na vida de Alice.
  Ela sempre teve uma quedinha por lugares românticos, quando pensei em levá-la a algum lugar assim não pensei duas vezes.
  - Nossa... que lugar - disse Alice chegando na janela do apartamento que ficariamos naqueles sete dias seguintes.
  - Lindo.
  - É...
  Ela pegou a câmera e bateu uma foto da vista de nosso quarto. Não dava para ver a Torre Eiffel completamente, mas iriamos amanhã vê-la.
  - Vem cá - ela me chamou e puxou-me para uma foto.
  A primeira saiu um pouco tremida, mas na segunda saiu perfeita. O Rio Sena atrás de nós, a ponta da Torre lutando para aparecer na foto e nós dois.
  A nossa primeira foto juntos em Paris.
  - Obrigada. De novo - ela disse e me deu um selinho.
  - Não precisa agradecer.
  Ela sorriu e eu sorri junto.
  - Eu te amo.
  - Também, meu anjo - eu disse.
  E ali ficamos pelo resto da tarde, vimos o pôr-do-sol dali mesmo e fomos dormir.
  Não seria uma noite muito longa, no outro dia nós tinhamos que conhecer a cidade. Se não a França ia se decepcionar comigo.
  Ri com esse pensamento e peguei no sono.
 
 

sábado, 7 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 17 | Envelope

  No outro dia eu e Justin acordamos mais cedo do que de costume para ir ao tal lugar que ele queria me levar.
  Era outono - como já disse - e estava mais frio do que de costume. Coloquei uma blusa grossa e um casaco por cima, coloquei uma calça jeans e botas uggs.
  Justin não gostava muito de uggs, mas era problema dele. Finalizei com um cachecol verde musgo que eu adorava. Caitlin que me deu aquele cachecol.
  - Você está linda - eu disse me olhando no espelho imitando a voz de Justin. Estou ficando meio metida, acho que é convivência com Bieber.
  - Está mesmo - Justin me assustou entrando em meu quarto sem bater.
  - Você já estava ai?
  - Vi você me imitando - ele disse e eu senti que corei. Ri evergonhada.
  - E você concorda com o que eu disse?
  - Plenamente - ele disse e veio até mim.
  Ele me deu um selinho e me abraçou por trás. Ficamos olhando para nós mesmos abraçados no espelho.
  - Primeiro beijo rolou em meu quarto, nossa, romantismo puro - eu disse brincando.
  - Selinho é beijo pra você? - perguntou ele.
  - Não exatamente, mas pode ser.
  - Vamos logo - ele me chamou e pegou em minha mão, me puxando. Todos estavam dormindo, exceto Pattie.
  Peguei meu celular e fomos. Não precisaria de bolsa.
  Quando passamos pela sala, Pattie sorriu para nós e sorrimos de volta. Justin pegou as chaves do carro de meu pai e fomos para o destino de Justin.

  Justin narrando...

  Outono. A estação das folhas. É... muitas folhas, na verdade.
  Para onde íamos na cidade, haviam folhas. Folhas douradas, amarelas, marrons e secas.
  Deixavam a cidade linda assim como os olhos de Alice quando as via espalhadas ao redor das ruas.
  - Você gosta de outono? - perguntou-me ela.
  Eu sabia que outono sempre foi a estação favorita dela. Claro que depois de inverno.
  - Sim - eu disse. Eu também amava. Como já disse, a cidade fica linda.
  - Eu gosto desse cheiro de folhas, o ar frio...
  - Eu também.
  Eu estava levando Alice para um dos lugares mais bonitos da cidade nessa época. O Jardim Botânico, é claro. Ela ia adorar as surpresinhas que preparei.

  Alice narrando...

  Quando chegamos no lugar em que Justin iria me levar, ele pediu para que eu fechasse os olhos e andasse. Eu nem espiei.
  - Ai. Meu. Deus - eu disse encantada com a beleza do lugar quando abri os olhos.
  Tinha árvores. Milhares de árvores e folhas. Milhões de folhas. É claro que eu já conhecia o Jardim Botânico, mas nunca tinha ido nessa época do ano.
  Eu gostava de ir no inverno ver as árvores cobertas de neve. Sempre amei o inverno - ok, estou repetitiva demais.
  - Gostou? - perguntou Justin.
  - Se eu GOSTEI? Eu amei - eu sorri.
  - Ótimo - ele sorriu. - Vamos andar - ele disse e segurou minha mão.
  Nós ficamos andando por um tempo. Eu não sei quanto tempo exatamente. Mas já estava ficando cansada.
  - Justin.
  - Eu?
  - Estou cansada - disse.
  - Só mais um pouco, tenho uma surpresinha pra você.
  - Vale a pena andar tanto pra chegar na sua surpresinha? - perguntei.
  - Vale sim.
  Nós continuamos andando por mais uns 5 minutos, até que chegamos em uma área que tinham várias árvores plantadas de um jeito que elas formassem um circulo.
  No centro havia um banco. Eu e Justin sentamos ali.
  - Isso aqui é lindo demais, Justin.
  - Eu sei. Foi por isso que trouxe você aqui. Mas tem mais uma coisinha - ele disse.
  - O que seria?
  - Isso você vai ter que procurar. Está por aqui, no chão - ele disse e riu.
  Justin e seus planos. Aff.
  - Tem dica? - eu perguntei enquanto me levantava e começava a chutar as folhas. Elas rodopiavam quando se encontravam com o vento. Era como se dançassem.
  - É de... papel.
  - Ok.
  O que poderia ser?
  Continuei procurando.
  - Você é lerda, hein?! - disse Justin se deitando no banco. - Acho que vou dormir enquanto você procura.
  - Muito engraçadinho! Levanta! - eu puxei seu braço.
  Ele se levantou e continuei procurando. Ele me olhava com uma cara sínica que me fazia rir.
  Eu já estava cansando de procurar.
  - Diz logo o que é, Justin.
  - Não.
  - Aff - bufei.
  Ele gargalhou.
  Eu olhei pra baixo para continuar procurando até que encontrei um envelope.
  Eu olhei para Justin e sorri.
  - Achei - eu disse.
  - É... achou - ele falou e se levantou. Cruzou os braços quando chegou até mim e ficou olhando fixamente pra mim enquanto abria o envelope.
  Tinham duas passagens.
  Quando eu li o nome do lugar, fiquei boquiaberta. Senti meus olhos arregalando e Justin se acabou de rir.
  - PARIS?! - gritei.
  Justin não parava de rir. Acho que foi da minha cara. Eu ri junto e pulei nele.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 16 | O jantar

  Naquele dia iria começar o outono. Minha estação favorita depois do inverno. Eu adorava aquele ar meio friozinho e andar em lugares com árvores - por conta das folhas jogadas ao chão. Era lindo.
  Já era bem à tardezinha e já estávamos quase na hora do jantar.
  - Alice? - chamou-me Pattie do andar de baixo.
  - Oi? - respondi.
  - Já está na hora do jantar. Desce.
  Eu não respondi e desci logo. Eu estava no meu quarto vendo algumas redes sociais mas nada de importante estava acontecendo.
  Justin estava sentado na sala e quando me viu, sorriu e me acompanhou até a cozinha. Eu sorri para ele e nos sentamos.
  - Ah... Alice... Nós, eu e Charles, precisamos pedir sua opinião em algo que estávamos pensando - disse Pattie.
  - O que foi? - perguntei curiosa.
  - Estudar em casa - meu pai foi logo direto. - Topa?
  Ah, não mesmo.
  - O QUE? - eu perguntei quase gritando.
  - Calma, é comigo... - disse Justin.
  - E comigo também - disse Ryan.
  - Vocês acham que eu construi uma reputação na escola pra o senhor chegar pra mim e dizer que eu vou estudar em casa? - perguntei incrédula para meu pai.
  Ok. Falei que nem uma patricinha de merda. Mas creio eu que todas as meninas têm seus momentos de patricinhas.
  Eu mesma morro de amores por glitter e a cor rosa bebê. Mas continuando...
  - Entendi - disse Justin.
  - Entendeu o que? - perguntei.
  - Eu estava jogando basquete hoje com Joe e ele disse que te achava parecida com a Ashley Tisdale na personagem de Sharpay em High School Musical - ele riu ao dizer aquilo.
  Eu gargalhei.
  - Joe não pensa bem nas coisas, né? Ela é uma diva, nunca seria que nem ela - eu disse e me lembrei da personagem. Sharpay Evans, metida, patricinha, queria tudo do bom e do melhor, queria o namorado da Gabriela, acabou ficando com o cozinheiro do time de basquete. Lá vai eu desviando minha atenção de novo. Bufei.
  - Você é melhor, acredite - disse Ryan. Eu agradeci com um sorriso mas não acreditei muito.
  - Charles, depois quero conversar com você - Justin disse.
  - Sobre o que? - perguntou meu pai se servindo de mais salada.
  Meu pai era praticamente um naturalista. Eu só não o considerava um pois ele comia carnes brancas. Sempre dizia que ia parar, mas nunca parou e creio que nunca vai parar.
  - Sua filha - ele falou e eu parei de mastigar para olhar para ele. Engoli.
  - O que tem eu? O que eu fiz? Por favor não me matem - eu disse. Sim, sou dramática.
  - Calma, é sobre esse negócio da escola - ele disse. Me tranquilizei.
  - Ah, tá... Pensando bem, eu acho que sobrevivo - eu disse pensando em estudar com meus dois meninos favoritos em todo o mundo.
  Ryan e Justin. Se não tivessem nascido irmãos, eu nem sei o que seriam. Provavelmente gays.
  Ri com esse pensamento. Todos olharam pra mim com uma cara estranha. Eu ri mais ainda.
  - É doida... - murmurou Caitlin.
  - Eu estava pensando que se Justin e Ryan não fossem irmãos, provavelmente seriam gays - expliquei.
  Justin explodiu na risada. Ryan ficou na dele.
  Eu ri com a expressão de Ryan.
  - Que foi, Ryan? - perguntei.
  - Não gostei da brincadeira - ele respondeu e depois riu. Quebrando o gelo, né?
  - Ah, qual é - disse Caitlin. - Você é sério demais.
  - Não sou mesmo - ele disse. - Sou mais brincalhão que qualquer um aqui, menos Justin, é claro. Ninguém ganha esse muleque em besteirol - ele disse.
  Justin balançou a cabeça, concordando.
 
  [...]

  Quando acabamos de jantar, Justin e meu pai foram conversar sobre o que tinham combinado.
  Escola. O melhor e o pior lugar do mundo em um endereço. Pessoas, amigos, professores, broncas, brigas... Tudo em um só lugar. Era como um shopping, só que de pessoas.
  Ri com a comparação sem sentido.
  Depois que meu pai acabou de falar com Justin, ele abraçou-o e sussurrou algo enquanto o fazia. Eles podiam até ter conversado sobre escola, mas aquele não foi o assunto principal.
  A investigadora McAllen ia descobrir. Cedo ou tarde.
  - Alice, precisamos sair amanhã. Pode ser? Quero te mostrar uma coisa - disse Justin.
  - Aham - concordei. Eu nem me importei de saber onde seria, sabia que não iria me arrepender.
  Não mesmo.
 
 

CAPÍTULO 15 | Um tempo com amigos

  - Eu e Alice, podemos dizer, nos conhecemos desde que temos 1 minuto de vida. Eu sempre odiei ela, cara... Não, nunca odiei. Apenas não gostava - eu disse para Joe enquanto estávamos na quadra nos fundos de minha casa jogando basquete. Joe era um ótimo jogador.
  Pra mim o basquete sempre foi uma coisa mágica - assim como a música. Quando eu pego a bola de basquete e paro no meio da quadra, olho para cima... É como se eu estivesse me transportando desse mundo para um que exigia mais a minha atenção. O mundo que eu chamava de ''Presta atenção pra não errar a cesta, babaca''.
  - Não importa o que você sentia por ela. O que importa é o que você sente - ele continuou. Eu parei de jogar para olhar para ele.
  - Filosofou - eu disse e bati palmas depois que passei a bola para ele.
  Ele deu um risinho e voltamos a jogar.
  - Bieber?
  - O que?
  - Você ama mesmo essa menina? - ele me perguntou enquanto lançava a bola.
  Cesta.
  - Amo sim - respondi.
  - Acho bom tratar ela direito. Ela é uma boa menina. Estudiosa, legal, engraçada, popular... Ela é como aquela personagem da Ashley Tisdale em High School Musical. Como se chama...?
  - Sharpay Evans - lembrei-o.
  - Isso! Sharpay Evans com um pouco de Gabriela na cabeça. Tá me entendendo?
  - Não exatamente...
  - Uma gostosa inteligente - ele disse como se aquilo fosse óbvio. Eu joguei a bola na cara dele, mas ele se desvencilhou.
  - ''Trata ela direito'' - eu o imitei. - Eu não saio por ai chamando ela de gostosa - continuei.
  - Agora é sério, Bieber. Trata ela direito.
  - Por que você se preocupa tanto? - eu perguntei. Achava que ele estava querendo muito papo sobre ela.
  - Conheço ela mais que você. Conversei com ela mais do que você. Portanto eu sei quem é Alice McAllen melhor do que você - falou ele. Isso é verdade.
  - É... - murmurei pensativo.
  - Namora ela.
  - O que?
  - Namora ela - ele repetiu.
  - Como?
  - Pede, ué. Ela te ama, você ama ela...
  - Como eu pediria?
  - A garota é tua, parceiro.
  - Sim... Mas como? - insisti.
  - No jantar. Pede com a família toda reunida - disse ele. Não era uma má ideia.
  - Vou pensar - eu disse.
  Nós ficamos jogando um pouco mais sem falar nada. Até que cansamos e fomos pra dentro de casa. Ele ficou lá um pouco mais e depois foi embora. Eu fui tomar banho.
  Eu pensei bastante sobre aquele assunto. ''Namora ela'', ele disse. Aham, como se fosse fácil chegar pra uma garota que acabou de se separar do namorado - que é meu amigo - por minha causa e pedir para namorar. Joe não era um expert em garotas. Minha lista de meninas está mais preenchida do que a dele. Mas a ideia do jantar até que não era má.

  Alice narrando...

  He was a skater boy, she said see you later boy
  He wasn't good enough for her
  She had a pretty face, but her head was up in space
  She needed to come back down to earth
  Eu e Caitlin estávamos cantando e pulando na cama com músicas agitadas. Ela disse que quando se termina com um namorado é sempre bom fazer isso. Eu não estava triste, mas queria me divertir um pouco.
  Nós continuamos cantando a música. Avril Lavigne sempre foi uma das minhas paixões. Da Caitlin também.
  Lembrei do dia do lago que Justin cantou I Love You pra mim. Eu parei de pular.
  - Se anima, garota - disse Caitlin cantando mais alto agora. Eu dei risada. Ela estava parecendo uma doida. Parecendo não, ela é uma doida.
  - Eu estou animada - disse.
  Eu fui e mudei a música.
  I feel the separation coming on 
  Ok, agora é Demi Lovato. Outra paixão.
  'Cause I know
  You want to be moving on
  Continuamos cantando durante um bom tempo. Caitlin sempre foi uma boa amiga. Ela era minha irmã de consideração. Irmã mesmo!
  - Don't surrender, surrender, surrender - gritou Caitlin no meu ouvido. - Please remember, remember december - continuou ela.
  - CAITLIN! NÃO GRITA! - eu gritei por cima daquele barulho todo do som e começamos a rir.
  Nós desligamos o som e fomos tomar banho. Quando passei pelo quarto de Justin, vi que ele estava no computador fazendo alguma coisa e escutando música. Resolvi nem incomodá-lo. Ele estava sendo um fofo comigo. Só estranhei que ele ainda não me pediu em namoro e nem nada do tipo. Mas... o.k.  A hora ia chegar.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 14 | Eu te amo

  Justin narrando...

  Hoje era aniversário de Alice. Ela estava completando 17 anos e eu daqui a pouco já ia fazer 18. Nossa... eu tô é velho!
  Ri com esse pensamento enquanto brincava com Tyler - o Akita que ela ganhou de Isabella.
  Alice e Julian começaram a discutir quando eu olhei para Alice. Eu não queria que eles brigassem por minha causa mas eu não conseguia evitar o modo que eu olhava pra ela.
  Acho que ele percebeu...
  Alice foi para dentro de casa e Julian a seguiu. Depois de um tempo ele saiu e foi embora sem dar explicação nenhuma. Acho que Alice ia dizer o que tinha acontecido.
  Mas eu não estava nem um pouco afim de esperar então peguei o cachorro e subi junto com ele. Seja lá o que tivesse acontecido, se ela estivesse zangada, triste, o cachorro ia alegrá-la. Eu bati na porta de seu quarto quando cheguei lá.
  - Alice? - chamei.
  - Oi? - ela respondeu. Seu tom de voz não aparentava estar triste ou zangada. Ela estava era...
  - Feliz - eu pensei em voz alta quando ela abriu a porta. A expressão no rosto dela era de felicidade mesmo!
  - O que é ''feliz''? - ela fez as aspas com os dedos.
  - Nada, não - eu disse e entreguei o cachorro pra ela.
  - Oi, Tyler. Sentiu minha falta, foi? - ela perguntou ao cachorro. Eu ri.
  - Eu que senti - eu disse e sorri.
 
  Alice narrando...
 
  - Justin? - eu o chamei quando estávamos na piscina brincando de vôlei.
  Estávamos numa pausa e eu estava falando com Bella.
  Eu já tinha explicado tudo pra ela do que tinha acontecido entre mim e Julian e do que eu sentia por Justin.
  - Oi? - ele respondeu. Ele estava falando com Joe - que já tinha chegado.
  - Quero falar com você - eu disse e saí da piscina. Fui para uma mesa ao lado da mesma e fiz sinal para que ele sentasse.
  Vi ele pedindo licença a Joe e vindo em minha direção.
  - O que foi? - ele disse, sentando.
  Eu já tinha acabado com Julian e não tinha nada mais que me impedisse de falar tudo a Justin.
  - Eu acho que já escondi isso por muito tempo... Você tem o direito de saber, assim como você me disse. Eu estou te dizendo: Eu amo você - eu disse logo de uma vez.
  Ele tirou os óculos e seus olhos estavam brilhando. Ele abriu um sorriso que eu nunca, nunca tinha visto em Justin Drew Bieber.
  - Você já me amava quando eu te falei? - ele perguntou.
  - Já - eu disse esperando que ele me fizesse mil perguntas do tipo...
  - Por que você não me disse? - desse tipo.
  - Porque eu tava namorando e não queria que você soubesse que não gostava mais de Julian e ficasse me pressionando.
  - Ah... - ele disse e sorriu novamente.
  Ele se levantou e me estendeu a mão. Eu peguei e ele me abraçou. Um abraço forte mesmo. Eu gelei quando senti a respiração dele em meu pescoço enquanto ele me abraçava apertado.
  - Eu te amo - ele disse.
  - Eu também - respondi e me larguei do abraço.
  - Acha que eles devem saber? - ele apontou para o pessoal que estava na piscina e ao redor dela.
  - Não... Vamos brincar um pouco com eles - eu disse e empurrei Justin. Ele entendeu o que eu queria fazer e nós começamos a brigar.
  Quando Pattie e Charles chegaram perto da gente pra reclamar, nós começamos a rir. Nós chorávamos de rir mesmo.
  Quando eles perceberam deram um tapinha em nossas cabeças e riram também.
  - Sabia que você está sujo? - eu perguntei a Bieber.
  - Onde? - ele disse parando de rir e se checando.
  - Aqui, olha - eu disse e o empurrei na piscina.
  Isabella, Ryan, Caitlin e Joe começaram a rir. Pattie e Charles não estavam ali na hora. Creio eu que foram buscar mais refrigerantes.
  Tyler latiu e balançou o rabo.
  Eu peguei Tyler e fiquei brincando com ele até que...
  - Você também está suja - Justin disse e me puxou com tudo pra dentro da piscina.
  - Seu otário! - gritei e joguei água na cara dele.
  Eles riram novamente.
  Foi uma tarde muito divertida. Eu ri muito, brinquei muito...
  Quanto a Julian? Ele ia ter que se acostumar a me ter só como amiga.
  Quanto a Justin? Ele ia ter que se acostumar a me ter mais do que só como amiga...

CAPÍTULO 13 | Um novo membro na família

  No dia do lago eu cheguei em casa e meu pai reparou mesmo o meu cabelo molhado. Eu disse que tava calor e acabei tomando banho na casa de Bella.
  Naquele dia seria o meu aniversário. Eu ia completar 17 anos e o pessoal estava organizando uma festa na piscina da nossa nova casa.
  Dia 14 de fevereiro. O dia que Alice McAllen passou a existir. Emocionante.
  - Alice, parabéns sua vaca! - disse Isabella chegando por trás de mim. Eu estava na quadra assistindo Ryan, Justin, Julian e - por incrível que pareça - Caitlin jogando basquete.
  - Oi, Bella! Obrigada! - eu respondi abraçando-a.
  - Aqui tá seu presente - Bella disse me entregando uma bolsa fechada em cima. Ela tinha suas condições, assim como eu, então eu tinha certeza que o presente ia ser bom. Teve uma vez que ela me deu um sapato que custava quase quinhentos dólares. Eu agradeci mas nem me surpreendi.
  - Essa Isabella só me dá presentes pobres sabe... - eu disse brincando.
  - Imagino se fossem de ricos - disse Caitlin de onde ela estava.
  Justin, Julian e Ryan riram. Eu ri junto.
  - O que será dessa vez? - eu disse abrindo a bolsa, que por sinal era linda, e dessa vez eu me surpreendi. Ela tinha me dado nada mais, nada menos que... - UM CACHORRO! - eu gritei. Ele estava dormindo dentro de uma caixinha que por fora da bolsa não parecia que tinha nada dentro. Era um filhote de Akita. Era lindo! Peludo como um bichinho de pelúcia e branco como as nuvens.
  - Awwwwwwww, que lindo - disse Caitlin olhando para dentro da bolsa.
  - Que lindo, Isabella! - disse Ryan olhando também.
  Eu peguei o cachorro e coloquei ele fora da bolsa. Ele acordou e colocou a língua pra fora. Ele era fofinho e pequeno. Um filhote, né?!
  - Que fofo você, mocinho - disse Justin mexendo nele.
  - Vou pegar água pra ele - disse Caitlin e foi.
  - Ora, ora. Um novo membro para a família McAllen? - disse Julian passando a mão em seu pelo.
  Eu comecei a pensar em um nome. Era macho então era um pouco mais difícil.
  - Que nome vocês acham que eu devo dar? - perguntei.
  Eles começaram a pensar também.
  - Que tal... Zack? - propôs Ryan.
  - Hum... - pensei. Zack era legal, mas não. - Não.
  - Ok - murmurou ele e continuou a pensar.
  - Justin? - propôs Justin.
  - É claro... Para quando eu chamar o cachorro você pensar que é você - eu disse e virei os olhos.
  - Tyler? - propôs Ryan, novamente.
  Tyler era... legal. Muito legal.
  - Isso! Tyler! - eu disse e bati palminhas.
  - Tyler, é? - disse Caitlin chegando por trás da gente. - Gostei - ela sorriu.
  Pattie e meu pai foram chegando com a comida e pediram ajuda para Julian e Justin. Eles foram e eu fiquei lá na beira da piscina com Ryan, Caitlin e Isabella.
  - Justin? - chamei.
  - Oi? - ele respondeu da mesa.
  - Chama Joe. Manda ele vir - eu disse me lembrando do melhor amigo idiota dele. Eu gostava dele. Joe era... engraçado.
  - Ligo pra ele mais tarde.
  - Ok.
  - E então, mocinho? - eu peguei Tyler no colo. - Seu nome agora é Tyler McAllen Bieber. Seu pai é o Ryan porque ele que escolheu o nome - eu disse para Tyler enquanto ele lambia o focinho.
  - Que cachorro é esse, Alice? - meu pai perguntou.
  - É o meu cachorro. O nome dele é Tyler. Isabella me deu - respondi.
  - Hum... - sibilou ele. - Temos um novo membro na família... Vem cá lobinho - meu pai pegou ele no colo e Tyler latiu e lambeu o rosto dele. Meu pai riu e Pattie o pegou das mãos dele.
  - Que fofo, Tyler - Pattie disse.
  Ela largou ele e ele começou a correr ao redor da piscina, da mesa, das quadras... Ele estava, digamos que... reconhecendo a área.
  Justin sorriu quando viu que o cachorro estava agitado e começou a brincar com ele. Enquanto ele brincava, ele me lançava uns olhares até que Julian percebeu.
  - Alice, por que o Bieber te olha assim? - ele perguntou como quem não queria nada.
  - Assim... assim como? - eu perguntei.
  - Como se gostasse de você.
  - Ele gosta! Nós somos quase irmãos! - eu disse para tentar afugentar aqueles pensamentos da cabeça de Julian.
  - Naquele dia no lago... Por que você estava com Justin sozinha e o que estava fazendo? - ele perguntou.
  Quer saber? Vou acabar com essa palhaçada.
  - Não te devo satisfações - eu disse e saí da mesa que estávamos sentados. Senti todos os olhares se virarem para mim enquanto eu ia para meu quarto colocar o biquíni.
  - Deve sim! Eu sou seu namorado - ele disse, me seguindo.
  Quando chegamos na sala, ele segurou meu braço.
  - Me solta! - gritei.
  - Eu sou seu namorado. Sendo assim, eu mereço explicações - ele disse. Eu via a raiva em seus olhos. Eu não queria machucá-lo, mas eu teria que.
  - Você é meu namorado, sim! Mas eu não queria que fosse - eu disse, finalmente.
  Ele não me seguiu dessa vez. Ele ficou lá, parado. Até que despertou de seus pensamentos e voltou a me seguir enquanto ia para meu quarto.
  - Como é que é? Você está terminando? - ele perguntou.
  - Estou sim.
  - Mas... por quê? - ele disse. Agora ele estava magoado. Que droga! Eu não quero mais ele, mas também não queria magoá-lo. - É... é por causa do...
  - Justin? - eu o interrompi. - É sim.
  Ele fez uma cara de surpresa e decepção. Se bem que eu não sabia diferenciar muito as duas expressões, não em Julian Hill.
  - O que você viu nele? - ele perguntou.
  - O que eu, infelizmente, não vi em você - entrei em meu quarto e fechei a porta. Ouvi ele descendo as escadas. Eu não sabia o que ele ia fazer... Mas pelo menos agora eu posso ficar com o Justin sem culpa. Agora eu posso.
  Sorri com esse pensamento e fui vestir o biquíni.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 12 | Risos molhados

  Olhei para meu celular e era Julian.
  - Oi, amor - atendi e percebi que Justin mudou de feliz para cabisbaixo. Fiz carinho em seu ombro. Ele sorriu mas ainda assim estava triste.
  - Onde você tá? Eu passei na sua casa e seu pai disse que você estava na casa de Isabella. Fui lá e ela disse que você nem apareceu lá hoje - ele disse.
  Vixe. E agora? Pensa rápido! Pensa rápido!
  - Hein, Alice? - ele insistiu.
  - Ah... é... tô no lago - revelei.
  - Fazendo o que no lago? E por que não disse pra seu pai que ia pra aí? - perguntou ele. Acho que dava pra Justin ouvir, pois ele fez uma cara feia para a pergunta. Eu ri baixinho.
  - Tô te traindo - eu disse brincando. Justin estava chorando de rir agora. Eu bati de brincadeira em seu braço.
  - Com quem? Posso saber? - ele entrou na brincadeira.
  - Comigo, seu otário - Justin gritou. Julian começou a rir do outro lado da linha.
  - Ah, Justin tá aí, é? Então tá tudo bem. É que eu tava preocupado - Julian disse aliviado de saber que eu estava acompanhada.
  - Ok, então! Tchau - disse.
  - Tchau, bebê - ele disse e desligou.
  Eu desliguei também. Que bom que ele confiava em Justin.
  - Ele confia em você - eu disse pra Justin.
  - Coitado... - ele disse, ainda rindo.
  - Coitado por quê? - perguntei estreitando os olhos para Justin. Que menino...
  - Nada, não - ele disse olhando para o outro lado. Eu puxei seu rosto de volta pra mim.
  - Coitado por quê? - insisti. Nossa, como eu sou chata.
  - Mal sabe ele que você tá com um garoto que é doido por você e pode te agarrar e te sequestrar a qualquer momento... - ele disse. Eu gargalhei.
  - É mesmo? Jura? - eu disse, ''duvidando''.
  - Tá duvidando é? Acho melhor você não duvidar - ele pulou pra cima de mim e começou a me fazer cócegas.
  - Para! Justin Bieber! Para! Agoooooora! - eu gritava e ria ao mesmo tempo.
  De repente o barco virou e eu e Justin caímos na água com os nossos kits de pesca.
  - JUSTIN! EU VOU TE MATAR! - gritei e comecei a bater nele.
  Ele ria freneticamente.
  - Não vi a menor graça - eu disse e comecei a rir também.
  - Não é o que parece - ele disse tentando virar de volta o barco.
  Eu estava toda molhada. E agora? Como eu ia explicar isso pro meu pai?
  - Como eu vou explicar isso pro meu pai? - eu perguntei ajudando Justin.
  - Isso o que? - Justin fez cara de dúvida.
  - Isso - eu disse apontando para meu próprio corpo que estava encharcado. Ele começou a rir de novo.
  - Para de rir, seu besta - eu disse e ri junto.
  - Podemos ficar aqui até secarmos - sugeriu ele.
  - É verdade... - concordei. Até que não era má ideia.
  Viramos o barco, tiramos a água de dentro dele e voltamos para o cais.
  Nós atracamos o barco e fomos para perto da ''Árvore do Não-primeiro-beijo''. Ri novamente com o nome.
  Eu comecei a me lembrar desses últimos momentos com Justin até que um deles me chamou a atenção.
  - Seu idiota! Você é mais esperto do que eu pensei - eu disse para Justin.
  - Você é doida - ele disse. Eu ri.
  - Você sabe pescar! Você sempre pescava no gelo com Ryan e meu pai quando vocês eram pequenos. Como eu não lembrei disso? - eu disse. Era verdade, ele sempre pescava e sempre trazia alguns peixes para casa. Como eu não lembrei?
  Ele começou a rir. Rir mesmo.
  - Eu sou muito idiota - eu disse para mim mesma num volume que deu para Justin ouvir e ele ria mais ainda. - Qual foi sua intensão em fingir que não sabia?
  - E você realmente acha que eu ia perder a oportunidade de ter você segurando minha mão, praticamente me abraçando pra me ''ensinar'' - ele fez as aspas com os dedos - a pescar? - ele perguntou.
  - Não, não acho. Mas não lembrei disso na hora, agradeça a Deus - eu disse e ele riu de novo.
  - Você é fácil de enganar - ele disse. Eu era mesmo.
  - Não sou não - menti.
  - Claro que é.
  - Não sou.
  - É.
  - Não sou.
  - Ok. Não é - ele terminou o assunto.
  Já estava começando a escurecer. Quanto tempo eu tinha passado ali com Justin? Não sabia.
  Nós entramos no carro e fomos pra casa. Meu cabelo ainda estava meio molhado. Meu pai ia perguntar.
 
 

domingo, 1 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 11 | Pesca

  Justin narrando...

  Acordei no outro dia com o maior sorriso do mundo no rosto.
  No dia anterior eu falei para Alice tudo que sinto por ela. E isso fez eu me sentir bem. Muito bem, na verdade.
  Quando já havia tomado banho e me arrumado, resolvi descer. Porém, antes de abrir a porta, eu pisei em um papel.
  ''Descobri uma coisa que eu acho que você vai gostar. Encontre-me no lago às 13:00hrs. Ass: Alice'', dizia. Eu abri um sorriso.
  Estamos evoluindo, hein?!
  - Justin não pode estudar em escolas! Ele é muito bagunceiro! Repetiu o primeiro ano por isso, Charles - minha mãe e Charles estavam discutindo.
  - O menino já tem 17 anos. Acha que com essa idade ele ainda bagunça alguma coisa? - perguntou Charles em um tom calmo. Uma coisa que eu achava interessante nele era que, mesmo estressado, ele sempre mantia aquele tom sereno.
  Eu parei na escada para ouvir a ''discussão''.
  - Eu queria que Alice e Justin estudassem na mesma escola! Eles já estão amigos o suficiente para olharem um pra cara do outro durante uma aula - continuou Charles.
  Eu iria fazer o 3º ano e Alice também. Já que repeti o 1º ano, fiquei na mesma sala que ela. Nunca pensei que repetir de ano seria tão gratificante.
  - Eles podem estudar em casa. Não há problema nenhum nisso - disse minha mãe.
  - Alice é muito popular na escola, tem várias amigas... Acha mesmo que ela vai aceitar isso? - retrucou Charles.
  - Bom dia, gente! - eu disse entrando na sala. Percebi que eles estavam sentados um do lado do outro. Achei que eles estavam em pé apontando o dedo um na cara do outro. Ri com esse pensamento.
  - Bom dia, meu querido - disse minha mãe, virando pra mim e sorrindo.
  - Bom dia, Justin! - disse Charles.
  - Sobre o que discutiam? - perguntei como se não soubesse de nada.
  - Sobre a escola. O que você acha melhor: estudar em casa ou na escola? - eu queria responder escola. Tem mais gente, posso fazer mais amizades... Mas sabia que aquilo iria me prejudicar. E estudar sozinho com Alice não deve ser tão ruim, a companhia dela já basta.
  - Sei lá. Em casa - respondi.
  - Por que? - perguntou Charles.
  - Porque na escola tem muita gente. Eu converso muito, gosto de ficar com gracinhas. É difícil lembrar disso - não é, não - mas repeti o primeiro ano por causa das brincadeiras excessivas - admiti.
  - Tá vendo? Até o menino sabe o que é melhor pra ele. Garanto que Alice vai gostar da ideia - minha mãe disse.
  Eu discordava.
  - Não concordo - disse. - Ela é muito popular, não vai querer estudar em casa só comigo.
  - Tá vendo? Até o menino conhece Alice e você não - disse Charles, imitando minha mãe.
  Eu ri.
  - Quando ela chegar eu converso com ela - disse Pattie. - Tem bolo na mesa, Justin. Vai tomar café ou vai almoçar logo? - minha mãe perguntou e eu olhei pro relógio. Eram 12:35hrs.
  - Eu acho que vou comer na rua. Vocês sabem onde Alice foi?
  - Ela disse que foi pra casa de Isabella.
  - Ok, então! Vou comer na rua e depois passo lá pra pegar ela.
  - Menino bom - riu Charles. - Tchau! - exclamou ele.
  - Tchau, mãe. Tchau, Charles - disse quando saí pela porta.
  Peguei o carro e fui para o lago. No meio do caminho eu parei para comprar algo pra comer e foi quando Joe me ligou dizendo que ia passar lá em casa mais tarde. Já tinha um bom tempo que eu não falava com aquele mané. Comi e continuei meu caminho.
  Quando cheguei, desci do carro e vi que Alice estava no cais. Tinha um barco parado lá e um kit de pesca dentro dele. Sorri quando percebi qual era seu plano.

  Alice narrando...

  Eu estava sentada no cais pensando e olhando a paisagem. Aquele lago era realmente bonito. Quando Bella me disse que aqui dava pra pescar eu não pensei duas vezes. Eu amo pesca e acho que Justin também.
  - Pesca, é? - disse Justin enquanto andava até mim.
  - É, sim. Você gosta? - perguntei, sorrindo quando vi a expressão de felicidade em seu rosto.
  - Sim. É legal - disse ele.
  - Que bom que acertei.
  Eu entrei no barco e fiz um sinal para que ele me seguisse. Ele entendeu.
  - E se isso aqui virar? - ele disse, balançando o barco. Eu ri.
  - Tá com medo? O bebê não sabe nadar, é? - desafiei.
  - Claro que não. E sim, eu sei nadar! - ele disse.
  - Ótimo! - eu disse e comecei a balançar o barco também.
  Começamos a rir. Ele tinha um sorriso realmente lindo.
  - Sabia que eu adoro seu sorriso? - ele disse. Esse menino lê mentes.
  - Também gosto do seu. É... lindo - admiti. Não ia doer admitir que gosto do sorriso dele.
  Ele sorriu e eu sorri também.
  - Temos um problema - eu disse quando percebi que eu não sabia remar.
  - Qual?
  - Você rema? Porque eu não.
  - Claro que sim. Esses músculos devem servir pra alguma coisa - ele disse fazendo com que os ''músculos'' de seu braço aparecessem. Eu gargalhei.
  - Músculos, é? Vamos lá então, Huck! - disse.
  Ele riu e começou a remar. Nós já estávamos a mais ou menos 10 metros longe do cais. Achei que já estava bom para ter alguns peixes.
  - Aqui já tá bom, não acha?
  - Pode ser - ele disse parando de remar e pegando seu kit. Eu peguei o meu também.
  - Você sabe pescar direitinho ou precisa de alguma professora? - perguntei quando percebi que ele mal sabia como segurar a vara de pesca.
  Ele balançou a cabeça em sinal positivo e disse:
  - É, acho que sim - e riu.
  - É assim, ó - peguei a vara e o ensinei todos os passos para pescar.
  - Até que não é tão difícil - ele disse e sorriu.
  - Não é, não. Vamos? - eu disse e joguei a isca na água. Tive que esperar um tempo até que consegui pegar um peixe. Era bem pequeno mas naquele lago não devia haver muitos peixes grandes.
  - Parabéns, Alice! - disse Justin, sorrindo e olhando pra mim. Quando o sol batia em seus olhos, fazia com que eles ficassem num tom mel esverdeado lindo.
  - Obrigada e seus... olhos. Estão lindos. Eles ficam realmente bonitos quando o sol bate - eu disse.
  - Prefiro os seus, mas obrigada - ele disse e sorriu. Desde que eu disse que gostava do sorriso dele, ele não parava de sorrir. Isso era legal.
  Tudo estava indo bem até que meu telefone toca e...