- Que saudades de você, meu anjo - disse meu pai quando me viu.
Nós tínhamos voltado de Paris naquele mesmo dia e meu pai foi nos buscar, assim como levou.
- Também estávamos.
- E aí, Bieber? - eles trocaram um toque de mãos e se abraçaram.
- Foi tudo... perfeito. Obrigado por ter deixado - agradeceu Justin.
- É... perfeito mesmo - concordei.
Justin sorriu e me deu um selinho, ali na frente de meu pai.
Quando eu me virei para ele para ver sua reação ele estava sorrindo.
- Você... sabia disso? - perguntei.
- Claro. Não teria deixado minha filha ir para Paris se não fosse por uma causa nobre - ele sorriu e bagunçou o cabelo de Justin.
- Vocês são dois malandros.
- Não tá feliz, amorzinho? - Justin disse colocando a mão em minha cintura.
Fiz um gesto afirmativo com a cabeça e sorri.
[...]
Eu já tinha chegado em casa e falado com todos.
Foi só uma semana, mas todos agiam como se fosse um mês ou até mais.
- Do que você menos gostou lá? - perguntou Ryan no jantar.
Eu parei para pensar.
- Nada. Eu amei tudo. A cidade é linda, a Torre Eiffel de noite mesmo... nossa!
- Que sonho! Eu quero ir lá um dia! - disse Caitlin e olhou para a mãe.
Eu dei risada.
- É... Tem que levar ela - eu disse.
Ela sorriu para mim em agradecimento pela força.
- Que tal nas próximas férias? - disse Pattie.
- SÉRIO? - perguntou Cait.
- Sim... Aceita, Charles?
- Claro. Vamos?
Todos fizeram um gesto positivo com a cabeça. Caitlin deu um gritinho mudo e ficou meio que dançando.
Doida.
- Bom, gente... Tenho que informá-los de uma novidade. Não vou me responsabilizar se Caitlin estourar seus ouvidos.
- Engraçadinho - ela interrompeu Justin.
- Continuando... Eu estou namorando - disse Justin.
- Quem? - Ryan perguntou. - Eu conheço? É gata? Inteligente? Aposto que é engraçada. É engraçada?
- Olhe para a sua direita - disse Justin e sorriu para mim. Eu sorri de volta, envergonhada.
Caitlin arregalou os olhos e sorriu mesmo com a boca aberta de surpresa. Ela tinha entendido.
- Ai. Meu. Deus - disse Caitlin e começou a correr pela casa. Eu comecei a gargalhar.
- Já decidiram o hospício para Cait? - perguntei.
Todos deram risada.
Caitlin voltou e se sentou novamente.
- Caramba! Eu sabia que vocês iam ter alguma coisa um dia se virassem amigos - disse meu pai.
Sínico.
- Como se você não já soubesse... - eu disse e estreitei os olhos para ele.
Ele revirou os olhos e eu sorri.
- Fico muito, muito feliz por vocês - disse Pattie pegando em minha mão e na do Justin.
Eu troquei um olhar com Justin e demos risada.
- Eu estou sentindo como se Tom e Jerry fizessem as pazes - disse Ryan.
Eu ri.
- Nós ainda nos odiamos, sim. O ódio não vai embora assim - disse Justin e logo depois riu.
- É... O fato de estarmos namorando não o torna menos otário - falei.
Todos deram risada.
- Temos que ter um beijo aqui, não? - propôs Caitlin. Ryan concordou com a cabeça.
Justin se levantou e veio pro meu lado. Ele estendeu a mão e eu peguei. Ele colocou minha mão envolta de seu pescoço e as mãos dele em minha cintura.
- Eu te amo - ele sussurrou e me beijou.
- Eu também - eu sussurrei de volta quando paramos e só deu pra ouvir as palmas atrás de nós.
- Isso aqui não é teatro - disse Justin, brincando.
Eu dei risada e o abracei. Ele me abraçou forte.
- Quero te levar em um lugar.
- Qual? - perguntei.
- Onde tudo começou - disse Justin.
O lago.
Ele pegou as chaves do carro, o violão e fomos. Todos estávam rindo na mesa quando saímos.
[...]
- Obrigada - eu disse.
Nós estávamos sentados juntos na beira do lago.
- Não precisa agradecer, minha linda - ele disse e sorriu.
Ele pegou o violão e começou a cantar That Should Be Me. Eu sorri quando ouvi a música que ele tinha feito enquanto eu namorava Julian.
Julian... o namorado dos meus sonhos até um certo tempo atrás.
Mal sabia eu que o garoto dos meus sonhos não era Julian, e sim um garoto que eu passei a vida odiando.
Dizem que quem muito se odeia acaba se amando.
Hoje eu sei... É só mais um ditado verdadeiro. Eu sorri e olhei para Justin. Ele estava cantando com aquela voz rouca dele. Voz de anjo.
- Eu te amo - eu disse enquanto ele cantava.
Ele parou de tocar o violão e de cantar e me olhou. Eu vi um brilho em seus olhos que eu nunca tinha visto antes.
- Eu te amo mais, minha Alice - ele disse e me beijou.
Aquele foi o momento que eu tive certeza que realmente o amor realmente existe. E você vai senti-lo quando você menos esperar, com a pessoa que você menos esperar.
awwwnnt! foi realmente P-E-R-F-E-I-T-A :´)
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