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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 20 | De volta onde tudo começou

  - Que saudades de você, meu anjo - disse meu pai quando me viu.
  Nós tínhamos voltado de Paris naquele mesmo dia e meu pai foi nos buscar, assim como levou.
  - Também estávamos.
  - E aí, Bieber? - eles trocaram um toque de mãos e se abraçaram.
  - Foi tudo... perfeito. Obrigado por ter deixado - agradeceu Justin.
  - É... perfeito mesmo - concordei.
  Justin sorriu e me deu um selinho, ali na frente de meu pai.
  Quando eu me virei para ele para ver sua reação ele estava sorrindo.
  - Você... sabia disso? - perguntei.
  - Claro. Não teria deixado minha filha ir para Paris se não fosse por uma causa nobre - ele sorriu e bagunçou o cabelo de Justin.
  - Vocês são dois malandros.
  - Não tá feliz, amorzinho? - Justin disse colocando a mão em minha cintura.
  Fiz um gesto afirmativo com a cabeça e sorri.
 
  [...]

  Eu já tinha chegado em casa e falado com todos.
  Foi só uma semana, mas todos agiam como se fosse um mês ou até mais.
  - Do que você menos gostou lá? - perguntou Ryan no jantar.
  Eu parei para pensar.
  - Nada. Eu amei tudo. A cidade é linda, a Torre Eiffel de noite mesmo... nossa!
  - Que sonho! Eu quero ir lá um dia! - disse Caitlin e olhou para a mãe.
  Eu dei risada.
  - É... Tem que levar ela - eu disse.
  Ela sorriu para mim em agradecimento pela força.
  - Que tal nas próximas férias? - disse Pattie.
  - SÉRIO? - perguntou Cait.
  - Sim... Aceita, Charles?
  - Claro. Vamos?
  Todos fizeram um gesto positivo com a cabeça. Caitlin deu um gritinho mudo e ficou meio que dançando.
  Doida.
  - Bom, gente... Tenho que informá-los de uma novidade. Não vou me responsabilizar se Caitlin estourar seus ouvidos.
  - Engraçadinho - ela interrompeu Justin.
  - Continuando... Eu estou namorando - disse Justin.
  - Quem? - Ryan perguntou. - Eu conheço? É gata? Inteligente? Aposto que é engraçada. É engraçada?
  - Olhe para a sua direita - disse Justin e sorriu para mim. Eu sorri de volta, envergonhada.
  Caitlin arregalou os olhos e sorriu mesmo com a boca aberta de surpresa. Ela tinha entendido.
  - Ai. Meu. Deus - disse Caitlin e começou a correr pela casa. Eu comecei a gargalhar.
  - Já decidiram o hospício para Cait? - perguntei.
  Todos deram risada.
  Caitlin voltou e se sentou novamente.
  - Caramba! Eu sabia que vocês iam ter alguma coisa um dia se virassem amigos - disse meu pai.
  Sínico.
  - Como se você não já soubesse... - eu disse e estreitei os olhos para ele.
  Ele revirou os olhos e eu sorri.
  - Fico muito, muito feliz por vocês - disse Pattie pegando em minha mão e na do Justin.
  Eu troquei um olhar com Justin e demos risada.
  - Eu estou sentindo como se Tom e Jerry fizessem as pazes - disse Ryan.
  Eu ri.
  - Nós ainda nos odiamos, sim. O ódio não vai embora assim - disse Justin e logo depois riu.
  - É... O fato de estarmos namorando não o torna menos otário - falei.
  Todos deram risada.
  - Temos que ter um beijo aqui, não? - propôs Caitlin. Ryan concordou com a cabeça.
  Justin se levantou e veio pro meu lado. Ele estendeu a mão e eu peguei. Ele colocou minha mão envolta de seu pescoço e as mãos dele em minha cintura.
  - Eu te amo - ele sussurrou e me beijou.
  - Eu também - eu sussurrei de volta quando paramos e só deu pra ouvir as palmas atrás de nós.
  - Isso aqui não é teatro - disse Justin, brincando.
  Eu dei risada e o abracei. Ele me abraçou forte.
  - Quero te levar em um lugar.
  - Qual? - perguntei.
  - Onde tudo começou - disse Justin.
  O lago.
  Ele pegou as chaves do carro, o violão e fomos. Todos estávam rindo na mesa quando saímos.
 
  [...]

  - Obrigada - eu disse.
  Nós estávamos sentados juntos na beira do lago.
  - Não precisa agradecer, minha linda - ele disse e sorriu.
  Ele pegou o violão e começou a cantar That Should Be Me. Eu sorri quando ouvi a música que ele tinha feito enquanto eu namorava Julian.
  Julian... o namorado dos meus sonhos até um certo tempo atrás.
  Mal sabia eu que o garoto dos meus sonhos não era Julian, e sim um garoto que eu passei a vida odiando.
  Dizem que quem muito se odeia acaba se amando.
  Hoje eu sei... É só mais um ditado verdadeiro. Eu sorri e olhei para Justin. Ele estava cantando com aquela voz rouca dele. Voz de anjo.
  - Eu te amo - eu disse enquanto ele cantava.
  Ele parou de tocar o violão e de cantar e me olhou. Eu vi um brilho em seus olhos que eu nunca tinha visto antes.
  - Eu te amo mais, minha Alice - ele disse e me beijou.
  Aquele foi o momento que eu tive certeza que realmente o amor realmente existe. E você vai senti-lo quando você menos esperar, com a pessoa que você menos esperar.

Um comentário:

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